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Governo turco avalia possíveis represálias económicas contra Rússia

O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, disse nesta terça-feira que seu governo avaliou possíveis represálias em resposta às sanções económicas aprovadas pela Rússia, após o derrubade de um caça russo por aeronaves turcas na fronteira com a Síria.

“Se acreditamos que é necessário, vamos introduzir sanções como represália”, declarou Davutoglu no parlamento, para ressaltar que já em reunião com os seus ministros na segunda-feira foram discutidas possíveis medidas. “Mas esperamos que a crise com a Rússia seja superada e não seja necessário recorrer a estas medidas”, acrescentou.

Davutoglu não detalhou que contra medidas foram cogitadas por seu governo e ressaltou que está aberto a dialogar com Moscovo em qualquer momento para evitar uma escalada da situação.

A Rússia impôs uma série de sanções económicas e diplomáticas a Ancara – algumas delas entram em vigor em 2016 – após a derrubada de um caça russo perto da fronteira com a Síria no último dia 24 de novembro, o que suscitou a maior crise entre ambos países desde o fim da Guerra Fria. Entre as sanções económicas inclui-se a proibição de importar alguns alimentos turcos e a venda de pacotes turísticos com a Turquia como destino.

A Rússia é, depois da Alemanha, o segundo maior parceiro comercial da Turquia e a balança comercial se inclina claramente a favor de Moscovo.

O vice-primeiro-ministro, Mehmet Simsek, advertiu que as actuais tensões com a Rússia poderiam custar a economia turca até 9 biliões de dólares norte-americanos. Nas actuais circunstâncias a economia turca poderia ver-se prejudicada com uma queda de entre 0,3% e o 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo Simsek. Levando em conta o tamanho do PIB turco, essa quantia seria de 2 biliões de dólares norte-americanos.

Até agora a Turquia não adoptou contra medidas em resposta às sanções russas, mas o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, assegurou que poderiam buscar alternativas ao gás natural russo. Erdogan disse que gás natural do Catar e Azerbaijão poderiam ser uma alternativa ao russo, que cobre 55% das necessidades da Turquia.

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