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Governo tcheco cai em plena presidência da UE

O frágil governo tcheco de centro direita caiu nesta terça-feira, após uma moção de censura aprovada no Parlamento em Praga, no momento em que o país ocupa a presidência semestral da União Europeia (UE).

A moção de censura, apresentada pela oposição, obteve os 101 votos necessários na Câmara Baixa, de 200 cadeiras, graças ao apoio de quatro deputados dissidentes que votaram pela queda do gabinete, afetado por uma série de escândalos.

O primeiro-ministro, Mirek Topolanek, disse que pretende pedir demissão na próxima quinta-feira, ao voltar de Estrasburgo, onde deve apresentar amanhã, na Eurocâmara, um balanço do último Conselho Europeu. Em Bruxelas, a Comissão Europeia disse que confia em uma solução que “garanta o bom funcionamento da presidência da UE”.

A coaligação de governo, formada pelo ODS, o partido de Topolanek, ao lado dos cristãos democratas (KDU-CSL) e dos Verdes, tinha apenas 96 deputados, e nos últimos meses, dependia de sete parlamentares dissidentes de seus partidos.

Topolanek disse antes da aprovação da moção de censura que os debates na Câmara estavam bloqueados por “mesquinharias”. O presidente tcheco, Vaclav Klaus, se limitou a dizer que “a evolução posterior se fará mediante a via constitucional”.

A partir de agora, o chefe de Estado pode nomear um primeiro-ministro para formar um novo governo ou os principais partidos podem chegar a um acordo sobre eleições legislativas antecipadas.

Enquanto isto, o governo demissionário deve seguir à frente da administração e ocupando a presidência da UE. “O natural é que o governo termine a presidência européia (em 30 de junho)”, afirmou o chefe da oposição social democrata, Jiri Paroubek, à TV estatal CT 24.

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