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Governo tailandês procura ajuda de militares para proteger as eleições

O governo tailandês disse, esta sexta-feira (27), que pedirá ajuda dos militares para proteger candidatos e eleitores numas eleições em Fevereiro, depois dos confrontos entre policiais e manifestantes antigoverno que deixaram dois mortos e vários feridos.

O pedido de ajuda às Forças Armadas –uma instituição poderosa, mas fortemente politizada – demonstra que a primeira-ministra Yingluck Shinawatra está determinada a manter as eleições, em que o seu partido, o Puea Thai, é favorito. Qualquer adiamento das eleições poderia deixar o governo e o partido dela expostos a uma escalada das manifestações nas ruas e a contestações judiciais.

O governo de Yingluck rejeitou, quinta-feira, uma solicitação da Comissão Eleitoral para adiar a votação de 2 de fevereiro até que haja “consentimento mútuo” de todos os lados – um resultado cada vez mais improvável depois dos violentos confrontos da quinta-feira num local de registo eleitoral. Yingluck tem o apoio dos tailandeses mais pobres, especialmente no norte e nordeste do país, mas enfrenta protestos da classe média e da elite de Bangcoc, que a veem como um fantoche do seu irmão, o ex-primeiro-ministro populista Thaksin Shinawatra.

O vice-primeiro-ministro Surapong Tovichakchaikul disse na sexta-feira que pedirá ajuda dos comandantes militares para garantir os registros dos candidatos no sábado. “Vamos discutir juntos como cuidar da segurança das pessoas que virão votar a 2 de Fevereiro”, disse Surapong pela televisão. Os militares permanecem neutros nas actuais turbulências e ofereceram-se para agirem como mediadores, embora o líder dos manifestantes, o ex-deputado Suthep Thaugsuban, tente atrair os militares para seu lado.

Os militares realizaram ou tentaram 18 golpes nos últimos 80 anos – inclusive o que derrubou Thaksin em 2006. Surapong também reiterou que o governo não tem intenção de adiar a votação, apesar da solicitação da Comissão Eleitoral. Os manifestantes prometem tumultuar as eleições, e exigem que Yingluck renuncie para dar lugar a um “conselho popular”, não eletivo, que adopte reformas antes de quaisquer eleições directas.

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