O Governo moçambicano suspendeu as actividades da empresa sul-africana ‘Mambas Minerais’ por concorrer para a poluição do rio Rovúè, na sequência da exploração de uma mina de ouro na província de Manica, Centro do país.
Há sensivelmente um mês, esta empresa começou a trabalhar na localidade de Nhamucuarara, posto administrativo de Machipanda, no distrito de Manica, onde pretende investir cerca de quatro milhões de rands na extracção, processamento e comercialização de ouro.
Contudo, recentemente, a Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, ordenou a suspensão da actividade desta empresa devido a inobservância “das regras básicas de defesa ambiental”, o que concorria para a poluição das águas do rio Rovúè.
“O que nós fizemos foi suspender a actividade da empresa ‘Mambas Minerais’ porque não estava a cumprir com aquilo que são as regras básicas de higiene e segurança no trabalho. Em princípio, as descargas das águas residuais têm de ser feitas em barragens ou em recintos construídos para o efeito”, disse a governante, citada pelo “Diário de Moçambique”.
Falando a jornalistas a margem do seminário realizado semana passada na cidade de Manica, distrito do mesmo nome, sobre mineração artesanal, Esperança Bias explicou que as descargas das águas residuais naquele local não estavam a obedecer a esse princípio, o que pode concorrer para tornar lamacentas as águas do rio.
Na sequência da decisão da ministra, uma equipa técnica do Governo provincial deslocou-se ao terreno na última Quintafeira para, dentre vários aspectos, verificar se foram ou não corrigidos os problemas inicialmente detectados.
A ministra admitiu que o problema não foi detectado atempadamente porque “falhou a monitoria ao nível local, porque as descargas são uma coisa tão visível a olho nu”.