A relevância das energias novas e renováveis para o desenvolvimento económico do país e o complemento que elas representam aos combustíveis fósseis marcaram o Conselho Coordenador do Ministério da Energia realizado, semana passada, no distrito da Namaacha, província de Maputo.
O evento apreciou o trabalho levado a cabo pela empresa Sunbiofuel na produção comercial de jatropha na província de Manica e pela ADPP, em Cabo Delgado, na produção familiar desta cultura e seus derivados, designadamente, óleo, sabão e bagaço.
De acordo com um comunicado de imprensa recebido pelo “Diário de Moçambique”, a exportação pela Sunbiofuel, este ano, de 30 toneladas de óleo de jatropha para testes na companhia aérea alemã Lufthansa aparece como uma janela de oportunidade em embrião para muitas e maiores solicitações no futuro.
“Solicitações que têm de ser acompanhadas pelo aumento da capacidade interna de produção de biocombustíveis”. “A produção dos biocombustiveis a partir da jatropha em Bilibiza, província de Cabo Delgado, pela ADPP, tem estado a mostrar não só a utilidade deste produto como alternativa futura aos combustíveis fósseis, como também afasta o mito segundo o qual o cultivo da jatropha em grande escala é factor do empobrecimento dos solos e ao mesmo tempo barreira a um adequado zoneamento agrário”, indica o documento.
Guiado pelo lema “façamos das energias renováveis uma fonte para a diversificação da matriz energética e criação da riqueza no país”, o encontro constituiu “uma oportunidade soberana para a análise, com profundidade, de alguns instrumentos normativos que regem a política dos biocombustiveis em Moçambique”.
Na vertente da electrificação rural, o realce vai para a electrificação de 102 distritos servidos actualmente pela rede eléctrica nacional, sendo que neste quinquénio a totalidade dos 128 distritos do país serão abrangidos.