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Governo operacionaliza estratégias de desenvolvimento agrário

O Governo moçambicano acaba de aprovar um instrumento que permitirá a operacionalização do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Sector Agrário (PEDSA) e de outros programas que vão contribuir para o aumento da produção e produtividade agrária. O plano estratégico contribuirá igualmente para garantir a segurança alimentar.

Trata-se do Plano Nacional de Investimento no Sector Agrário avaliado em 120 mil milhões de meticais (pouco mais de quatro milhões de dólares), com enfoque à investigação, produção, acesso aos mercados, contribuindo para o desenvolvimento da cadeia de valor dos principais produtos. Esta informação foi revelada esta Quinta-feira, em Maputo, pelo Vice-ministro da Agricultura, António Limbau durante a reunião internacional da Iniciativa de Segurança Alimentar L’Aquila (AFSI, sigla inglesa), organizada por países do grupo dos oito países mais industrializados do mundo (G8).

Segundo Limbau, assim, espera-se que nos próximos três anos, o país registe um crescimento na produção e produtividade agrária na ordem de pelo menos sete por cento ao ano. “O governo acaba de aprovar o Plano Nacional de Investimento do Sector Agrário. O instrumento permite que os vários programas desenhados possam ser operacionalizados, transformados em planos específicos para a sua implementação”, explicou a fonte.

O plano, segundo Limbau, prevê orçamentos, acções a serem feitos na investigação, produção, acesso aos mercados, entre outras acções, o que vai permitir que possamos desenvolver a cadeia de valor dos principais produtos e responder os objectivos d o PEDSA. A expectativa é que nos próximos três anos, se assista a um aumento da produção agrícola e agrária bem como a um crescimento médio de pelo menos sete por cento ao ano.

O vice-ministro salientou que no plano nacional do investimento do sector agrário enquadrou a questão da segurança alimentar e nutricional de modo a garantir que os produtos não só estejam disponíveis e acessíveis, mas sejam utilizados adequadamente respondendo as necessidades nutricionais do indivíduo.

“Ainda temos muito que melhorar na segurança alimentar e nutricional, porque temos regiões que tem muita disponibilidade de alimentos, mas a sua utilização é muito baixa. Neste momento temos níveis de desnutrição a volta de 40 por cento e nos próximos quatro anos queremos reduzir para 30 por cento, pois a segurança alimentar não termina na disponibilidade dos alimentos, mas sim na sua utilização adequada”, salientou fonte.

O PEDSA foi aprovado em Maio de 2011 e tem a duração de 10 anos, enquanto isso, o plano de investimento é para os próximos cinco anos. Por sua vez, o embaixador dos Estados Unidos da América em Moçambique, Douglas Griffths, disse na ocasião que a iniciativa de segurança alimentar contra a fome global está a estabelecer uma base duradoura contra a fome e a pobreza no mundo.

Aquando do lançamento da iniciativa em 2009, na Itália, os líderes mundiais se comprometeram a desembolsar cerca de 22 mil milhões de dólares americanos, até 2012, para a fazer face ao défice de investimento na agricultura e segurança alimentar e aos efeitos da crise global iniciada em 2008 e que afectou negativamente os preços dos alimentos. Estes factores associados levaram ao aumento da pobreza e fome nos países em desenvolvimento, grupo do qual Moçambique faz parte.

“Nós, membros do G8 e o governo de Moçambique, aprovamos um quadro de cooperação específico do país, através do qual o governo se comprometeu a tomar acções políticas específicas que irão melhorar o ambiente para o investimento privado e aumentar a produtividade agrícola”, referiu.

O mundo actualmente conta com cerca de 870 milhões de pessoas afectadas pela fome segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Nesse âmbito, a AFSI trabalha com países e regiões vulneráveis, fornecendo ajuda para o desenvolvimento e complementar as suas próprias estratégias de segurança alimentar.

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