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Governo instala centros de aprendizagem de tecnologias agrárias em Nampula e Zambézia

Os produtores dos sectores familiares e associativos dos distritos de Ribáuè, Malema, Gurúè e Alto Molócué, nas províncias de Nampula e Zambézia, consideradas áreas de maior produção agrícola, estão a aperfeiçoar as novas tecnologias agrárias, no quadro de um programa denominado “Escolas na machamba do campões”, promovido pelo Ministério da Agricultura e parceiros de cooperação.

O programa visa, dentre vários objectivos, ajudar os camponeses na melhoria dos níveis de cultivo e na diversificação da sua dieta alimentar. Trata-se de uma nova metodologia participativa, aprovada pelo Governo moçambicano, através da qual os camponeses procuram resolver os problemas locais, identificados por eles próprios.

Regra geral, os camponeses procuram oportunidades para alcançar as metas mais ambiciosas na sua produção. Uma das primeiras sessões de formação, que contou com cerca de 30 produtores, provenientes das duas províncias, teve lugar semana finda na vila municipal de Ribáuè., em Nampula.

De acordo com Mussa Amade, técnico da Direcção Provincial da Agricultura da Zambézia, com aquele tipo de formações, os camponeses são capazes de identificar os seus reais problemas e resolvê-los localmente, sem necessitarem de recursos tecnicamente qualificados.

Durante a formação, os camponeses são dotados de ferramentas técnicas que os ajudam a disseminar os conhecimentos sobre as melhores práticas de produção e preparação de alimentos nas suas comunidades.

Segundo Mussa, os principais problemas dos camponeses estão relacionados com a incidência de pragas e gafanhotos, empobrecimento dos solos, irrigação, nutrição, conservação dos solos, secagem, conservação pós colheita, entre outros.

As escolas na machamba do camponês foram introduzidas em 1950 na Indonésia. A iniciativa resultou da proliferação de pragas na cultura do arroz. Num trabalho de maneio integrado, liderado pelos próprios camponeses, foi possível controlar o fenómeno e, hoje, a Indonésia destaca-se como uma das maiores produtoras da cultura do arroz, a nível do mundo.

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