O Governo moçambicano confirmou no final da tarde desta quarta-feira (30) mais um ataque perpetrado por homens armados contra uma coluna de viaturas no troço que vai de Muxungue a rio Save, do qual pelo menos seis pessoas contraíram ferimentos ligeiros e um camião ficou incendiado em consequência dos disparos. Na ocasião, o director-adjunto da Política de Defesa Nacional, Manuel Mazuze, assegurou que o país não está em guerra e que os ataques que têm vindo a ocorrer constituem “incidentes para criar terror” na população e, por isso, os seus autores ao serem neutralizados serão responsabilizados criminalmente.
“São criminosos e devem ser responsabilizados. Esses actos têm enquadramento jurídico e isso será feito observando o quadro jurídico nacional”, garantiu.
Segundo Manuel Mazuze, a investida armada contra aquela coluna ocorreu concretamente no distrito de Chibabava, na província central de Sofala, pouco antes da oito horas. O Governo atribui a ocorrência aos homens da Renamo, que, entretanto, diz terem-se posto em fuga após a resposta, também armada, das FADM. A Renamo ainda não reivindicou o ataque.
Em conferência de imprensa, Mazuze renovou a garantia de que “face aos ataques da Renamo contra alvos civis, em particular, e as Forças de Defesa e Segurança, em geral, continuam e continuarão a intensificar acções visando garantir a circulação segura de pessoas e bens em todo o território nacional.” O ataque da quarta-feira é o quarto em cerca de 48 horas.
A frequência dos ataques tem demonstrados que as escoltas militares de viaturas montadas pelo Governo para garantir a segurança e a circulação de pessoas e bens não está a ser suficiente para fazer face aos ataques atribuídos a guerrilheiros da Renamo.
Na terça-feira (29) por volta das 7horas e meia, homens armados atacaram um camião e um autocarro de transportes de passageiros provenientes da Cidade de Nampula que seguia numa coluna com destino à cidade de Maputo, na região de Zove, posto administrativo de Muxúngue, distrito de Chibabava, província de Sofala. Do ataque, duas pessoas contraíram ferimentos graves e cinco ligeiros. As Forças de Defesa e Segurança reagiram ao ataque tendo conseguido afugentar os agressores.
No mesmo dia, já cerca das 8 horas, na região de Vandúzi, em Santungira, na zona de Nhancomba, homens armados supostamente da Renamo e uma patrulha das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) trocaram tiros tendo um agente de forças governamentais ficado ferido.
A seguir, as forças governamentais efectuaram uma invasão à base de Renamo situada na zona de Havevene, na localidade de Napone, Distrito de Rapale, Província de Nampula, onde após uma troca de tiros com os homens armados da Renamo, sem vítimas humanas, conseguiram ocupar o local.
