José Pacheco, chefe da delegação do Governo moçambicano no diálogo político com o partido Renamo, revelou nesta segunda-feira (27) a existência 300 lugares para a integração de igual número de homens residuais do partido de Afonso Dhlakama nas fileiras da Polícia da República de Moçambique (PRM) e nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Contudo ainda não é conhecido o número de guerrilheiros a serem desmilitarizados.
José Pacheco, que falava à Imprensa no fim da 82ª ronda do diálogo político, disse que não sabe de quantos homens a “Perdiz” dispõe.
Por seu turno, o chefe da delegação do partido Renamo, Saimone Macuina, afirmou que não tem conhecimento da proposta anunciada pelo Executivo e exige a apresentação do modelo de integração dos seus homens na PRM e nas FADM.
Sobre este assunto, Pacheco explicou que dos 300 elementos, 200 seriam integrados na PRM e os restantes nas FADM. “Estamos a trabalhar com a Renamo para ver como harmonizar o processo de integração e de enquadramento deste efectivo”.
Num outro desenvolvimento, o chefe da delegação do Executivo disse que este está à espera que a Renamo apresente a lista referente ao número de pessoas que devem ser integradas e as respectivas patentes. Ele realçou que (…) até domingo (02) é fundamental que essa lista seja presentada para que o trabalho possa ser realizado.
Por sua vez, Saimone Macuina não quis se pronunciar detalhadamente sobre a proposta apresentada pelo Governo, alegando que não tem conhecimento da mesma. Ele insistiu na necessidade de o Executivo apresentar um modelo de enquadramento dos homens residuais do seu partido.
“Para apresentarmos a lista, primeiro temos que ter o modelo de integração e enquadramento aprovado e também para permitir que a EMOCHM possa realizar o trabalho subsequente”, frisou o chefe da delegação da “Perdiz”, para quem só depois disso serão identificados os elementos a serem integrados.
Refira-se que a Equipa Militar de Observadores Internacionais da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM), formalizada a 02 de Outubro, começa a monitorar e fiscalizar a cessação das hostilidades militares a partir desta quarta-feira (29).