O executivo do partido Frelimo não só criou Forças Especiais, munidas de armas de guerra, como também está a ouvir as suas chamadas telefónicas, a ler as suas mensagens de texto (sejam por SMS, email, whatsapp, viber…) e a monitorar com quem o povo comunica nas redes sociais e os sítios da internet que visita. O comando nacional de intercepção de informação foi adquirido pela Casa Militar, entre 2012 e 2014, e instalado pela empresa chinesa ZTE Corporation. Mas o negócio “militar” não foi feito directamente pelo Estado, a empresa privada Msumbiji Investment Limited, empresa da família Guebuza onde filho do antigo Presidente, Mussumbuluku Guebuza é administrador executivo (Chief Executive Officer CEO), intermediou o negócio que custou cerca de 140 milhões de dólares norte-americanos, aos cofres públicos, dos quais oito por cento foram pagos em comissões.