A crise se aprofundou na Tailândia esta quinta-feira, com a decisão do primeiro-ministro de Abhisit Vejjajiva de cancelar as eleições antecipadas e de enviar blindados para isolar o bairro de Bangcoc onde permanecem entrincheirados os manifestantes antigovernamentais.
Mais de 10 dias após o anúncio, o plano para o fim da crise de Abhisit Vejjajiva parece cada vez mais impraticável, depois de ter gerado esperanças e ter recebido a aparente aprovação das principais personalidades políticas do reino. Mas os “camisas vermelhas” bloquearam o processo no início da semana ao exigir o julgamento do número dois do governo, Suthep Thaugsuban, que consideram responsável pela violência de 10 de abril, que terminou com 25 mortos e mais de 800 feridos.
“A eleição foi cancelada. A decisão é minha porque os manifestantes se recusam a dispersar”, declarou Abhisit. Além disso, o Exército anunciou que blindados serão posicionados ao fim de quinta-feira ao redor do bairro ocupado pelos manifestantes.
“As autoridades vão isolar a zona das manifestações em todas as entradas às 18H00 com veículos blindados de transporte de tropas”, afirmou o coronel Sunsern Kaewkumnerd. “Ninguém terá autorização de entrar”, completou.