Parceiros externos maiores financiadores de programas de Saúde em Moçambique consideram “insuficientes” os 19 dólares per capita atribuídos anualmente ao sector da Saúde.
“O montante não é suficiente para prestar serviços de Saúde mais abrangentes”, sublinhou Nail Squires, representante daquele grupo, falando esta quinta-feira durante a primeira reunião bianual do Comité de Coordenação sectorial, enfatizando que, para um nível de progresso elevado, requerem-se esforços adicionais mais complexos para fortalecer os sistemas de saúde e aumentar o acesso aos serviços.
Publicamente, Squires não garantiu incremento do apoio do seu grupo para a Saúde, sublinhando, contudo, que “notamos que o Orçamento do Estado para o sector da Saúde representa menos de sete dólares per capita, portanto, continua a ser importante definir as prioridades e concentrarmo- nos mais nos elementos do serviço que terão maior impacto em termos de saúde”.
Ele sublinhou, a terminar, que o seu grupo estava no encontro “para discutir e realçar o apoio dos parceiros às prioridades nacionais definidas pelo Ministério da Saúde” que são, designadamente, fortalecimento do envolvimento comunitário, gestão de medicamentos e melhoramento da gestão financeira e logística, para além do desenvolvimento de recursos humanos e da rede sanitária.
Presente no encontro de um dia esteve o ministro da Saúde, Paulo Ivo Garrido, que se mostrou preocupado com o ressurgimento de casos de sarampo, em Moçambique, instando o seu sector a aumentar esforços para se atingir as coberturas de vacinação recomendadas pela Organização Mundial da Saúde.