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Garimpeiros zimbabweanos agridem fiscais em Sussundenga

Garimpeiros zimbabweanos munidos de catanas, machados, picaretas e outros instrumentos contundentes, estão a realizar uma verdadeira caça ao homem, pondo em perigo iminente a vida dos fiscais da Reserva Transfronteiriça de Chimanimani.

Com efeito, segundo escreve o “Notícias”, um fiscal viu o seu braço amputado quando caiu numa emboscada dos zimbabweanos. Ao todo são três os fiscais da reserva que contraíram ferimentos graves quando em duas ocasiões diferentes entraram em emboscadas de garimpeiros ilegais zimbabweanos que operam naquela região do distrito de Sussundenga, na província central moçambicana de Manica.

Sem indicar nomes, a administradora daquela área de conservação transfronteiriça, Cândida Lucas, lembrou que um dos fiscais foi atacado, em Maio de 2009, quando foi violentamente agredido com catanas e picaretas, tendo contraído ferimentos graves na zona craniana.

Por instruções médicas, o referido fiscal está impedido de continuar a trabalhar e não pode estar exposto a ambientes agitados que podem agravar o seu estado de saúde. Para além disso, o fiscal já não pode participar em actividades que exigem esforço físico.

O terceiro fiscal que caiu na emboscada dos garimpeiros contraiu ferimentos graves no joelho, no mesmo ataque em que o seu colega ficou sem o seu membro superior esquerdo que foi decepado a catanada pelos operadores ilegais de ouro.

Cândida Lucas afirmou que maior parte dos garimpeiros que fomentam violência em Chimanimani, são provenientes da vizinha República do Zimbabwe, que partilha com Moçambique aquela área de conservação transfronteiriça.

Ela reconheceu as fragilidades que Moçambique tem de garantir uma efectiva fiscalização da reserva do lado nacional, contrariamente ao que acontece do lado zimbabweano, facto que é aproveitado pelos garimpeiros daquele país para se apoderarem dos recursos minerais que abundam em Chimanimani.

Como forma de desencorajar a actividade de fiscalização, os garimpeiros, em Chimanimani, montam emboscadas e, usando instrumentos contundentes, atacam quase sempre os fiscais, tendo as duas ocasiões em referência sido os mais graves registados na história da reserva.

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