O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) está a interrogar funcionários das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) e a verificar toda a documentação relativa à gestão da empresa, no âmbito da investigação suscitada pelas denúncias de casos de corrupção e participação ilícita em negócios.
Segundo o Jornal Notícias, os investigadores do GCCC estão a passar a pente-fino toda a documentação relativa à gestão da empresa, com realce para a área administrativa onde recai a maior suspeita de gestão danosa de fundos. A audição de funcionários visa apurar ou confrontar dados na posse dos investigadores.
“A nossa investigação tem-se centrado mais na verificação da movimentação das contas, de todos os extractos bancários. Também queremos ver todos os documentos relativamente aos justificativos dos gastos efectuados. Só assim é que poderemos esclarecer os crimes ou as denúncias recebidas”, explicou fonte do GCCC.
À primeira vista, ao que o GCCC aponta, as denúncias podem configurar crimes de corrupção, crime de participação ilícita em negócio e de conflitos de interesse, mas de acordo com a fonte, tudo está a ser feito de modo a apurar-se o que de facto aconteceu.
Entretanto, e segundo dados em nosso poder, sabe-se que do que o GCCC já averiguou foi possível constatar que a conduta de algumas gestoras da empresa contraria os princípios da razoabilidade da boa gestão de recursos, razão pela qual foram dadas recomendações de modo a proceder-se a diligências necessárias e profissionais para pôr fim a estas acções.
As denúncias de possíveis casos de má gestão na LAM levaram à exoneração do Presidente do Conselho de Administração, Carlos Jeque, e da administradora-delegada, Marlene Manave.
