Alguns funcionários afectos ao Conselho Municipal da cidade de Nampula estão a sabotar o processo de colecta de valores respeitante ao imposto autárquico pessoal estimado em cinquenta meticais, facto que, segundo apuramos, se deve a um aparente descontentamento generalizado no seio da massa laboral.
Um dos exemplos de sabotagem registou-se, na terça-feira, na sede do posto administrativo urbano de Muhala, onde alguns munícipes que solicitaram a emissão de determinados documentos, sobretudo declarações para fins diversos, sentiram-se impedidos de efectuar o levantamento dos mesmos, devido à alegada ausência do responsável da área que levou consigo o carimbo e senhas do imposto autárquico pessoal.
A suposta ausência do referido funcionário, segundo soubemos, teria sido intencional ou manipulada por parte dos seus colegas por forma a entravar o processo de colecta de impostos, pois, num contacto telefónico mantido com o chefe do gabinete de Comunicação e Imagem da edilidade, Abdul Paulo, no sentido de apurar o seu paradeiro, referiu que se encontrava no seu posto de trabalho, o que não constituía a verdade.
No jogo de empurra, os munícipes foram os mais prejudicados, pois que todos quantos acorreram, na terça-feira, ao Posto Administrativo Urbano de Muhala, para tramitar documentação, saíram tristes e furiosos porquanto não puderam fazer o seu levantamento, numa altura que os mesmos eram exigidos, imprescindivelmente, para concurso a vagas de emprego, abertura de contas bancárias, entre outros fins.
Estes actos de aparente sabotagem, ocorrem num período em que a edilidade de Nampula tem muitos desafios pela frente, nomeadamente a manutenção de vias de acesso que se encontram seriamente danificadas, expansão da rede de fontanários para o abastecimento de água aos munícipes, entre outras grandes preocupações cuja solução passa pela disponibilidade de verbas.