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Fukushima registra derramamento de água altamente radiativa

Água com altos níveis de radiação está a derramar de um tanque da usina nuclear japonesa de Fukushima, no mais sério revés para os trabalhos de recuperação no local do pior acidente nuclear das últimas décadas no mundo.

O derramamento de cerca de 300 toneladas de água não tem ligação com os derrames de água contaminada que foram noticiados nas últimas semanas, segundo a operadora da usina Tokyo Electric Power, conhecido como Tepco.

O novo derramamento, que ainda não foi controlado, envolve muito mais radiação do que os anteriores. Nesse caso, uma pessoa que ficasse uma hora exposta a uma distância de 50 centímetros do material receberia cinco vezes a dose de radiação estabelecida como limite médio anual para trabalhadores de usinas nucleares. “Essa é uma grande quantidade de radiação. A situação está piorando”, disse o cientista nuclear Michiaki Furukawa, professor emérito da Universidade de Nagoia.

A Tepco luta para manter a usina de Fukushima sob controle desde que três reatores do local foram danificados em decorrência de um terremoto e um tsunami, em março de 2011. A Autoridade Reguladora Nuclear do Japão reclassificou o novo derrame como um incidente do nível 1, o segundo mais baixo em uma escala internacional de derramamentos radiológicos, disse um porta-voz à Reuters na terça-feira.

Mas esta é a primeira vez que o Japão emite uma aferição desse tipo para Fukushima desde o acidente na usina, quando a situação chegou ao nível 7, o maior da escala.

Um funcionário da Tepco disse que os empregados da usina não conseguiram detectar a tempo o derrame num dos tanques, permitindo que a água se acumulasse ao seu redor. “Precisamos rever não só os tanques como também nosso sistema de monitoramento”, disse.

A Coreia do Sul e a China já manifestaram preocupação com o contínuo derramamento de água contaminada em Fukushima, no norte do Japão. O governo japonês prometeu neste mês ampliar sua participação no trabalho de recuperação da usina, depois de a Tepco admitir –após meses de negativas– que a água contaminada chegou ao mar.

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