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Autárquicas 2013: Frelimo reitera apoio ao candidato corruptor pelo Município de Moatize

O candidato à presidência do Município de Moatize, na província de Tete, Carlos Portimão, detido cerca das 11 horas do dia 26 de Setembro passado, ao tentar subornar a Procuradora Distrital, Ivania Mussagy, pelo valor de cinco mil meticais, tem o apoio incondicional do partido Frelimo e está em marcha uma campanha de lavagem da sua imagem com o intuito de até à data das eleições autárquicas de 20 de Novembro próximo os munícipes “tenham esquecido” o episódio que se deu na “terra do carvão”. E acredita-se que vai ganhar as eleições de cabeça erguida.

O Secretário do Comité Central da Frelimo e porta-voz desta formação política, Damião José, disse a um jornal da praça controlado pelo Governo que o partido manifesta a sua solidariedade para com o seu candidato e que tudo o que aconteceu com Carlos Portimão não mancha o seu bom nome e reputação de que goza no município a que é candidato. E continua o candidato de preferência da Frelimo e supostamente dos munícipes.

Num outro desenvolvimento, no mesmo jornal manipulado pelo Executivo, sobretudo pela Frelimo, Damião José disse que Carlos Portimão cometeu um “crime de injúria às autoridades por ter oferecido, em jeito de gratidão, um valor monetário à Procuradora Distrital de Moatize, Ivania Mussagy, a quem recorrera para perceber os contornos da detenção de um familiar que, apesar de concedida a liberdade condicional, permanecia nas celas da Polícia”.

Entretanto, a notícia que correu o mundo e que a Frelimo pretende abafar – uma acção que se equipara à tentativa de tapar o sol com a peneira – é de que Carlos Portimão deslocou-se ao gabinete daquela magistrada do Ministério Público em Moatize para tentar “negociar” a soltura de um sobrinho seu que se encontra detido na cadeia distrital de Moatize. Nesse momento, ao tentar convencer a magistrada, o candidato do partido Frelimo desembolsou cinco mil meticais para subornar a procuradora, tendo Ivania Mussagy recebido o valor chamado da Polícia a quem instruiu que prendesse o infractor encontrado em flagrante delito.

“Analisamos o que aconteceu com o nosso candidato e concluímos que foi um incidente de percurso. Concluímos ainda que o nosso candidato goza de apoio dos militantes e simpatizantes do partido e dos munícipes, sendo a figura ideal para dirigir aquela autarquia”, disse Damião José ao matutino e acrescentou que Portimão pretendia agredecer à Magistrada.

Refira-se que Carlos Portimão concorre em oposição ao candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o engenheiro Horácio Raposo.

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