Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Fraude no ISCISA/inquérito implica director científico

O inquérito aberto pelo Instituto Superior de Ciências de Saúde (ISCISA) implicou o respectivo Director Científico, José Nunes Gilberto, na fraude detectada nos exames de admissão para os diversos cursos ministrados naquele estabelecimento de ensino.

José Gilberto continua suspenso de todas as funções que exercia naquela instituição, estando a decorrer um processo disciplinar e um outro criminal, na sequência do seu envolvimento na fraude académica. O ISCISA decidiu suspender a realização das provas de admissão nas províncias de Maputo e Gaza, Sul do país, com excepção das restantes, e deviam, em princípio, ter arrancado no dia 19 de Janeiro último em todo o território moçambicano.

Aurélio Zilhão, Director do ISCISA, determinou, na altura, a suspensão imediata de José Gilberto de todas as actividades que exercia na instituição, após os a c o n t e c i m e n t o s desabonatórios ocorridos naquele estabelecimento de ensino superior. Aliás, António Ussene, estudante encontrado na posse das provas dos exames de Matemática, Português e Biologia apontou José Gilberto como sendo a pessoa que lhe entregou os enunciados para a venda. Gilberto e Ussene, únicos suspeitos na fraude, já foram constituídos arguidos e a Polícia de Investigação Criminal (PIC) continua com as investigações. Ussene está sob custódia policial na 7/a Esquadra na capital do país.

O estudante António Ussene confessou a polícia, após a sua detenção, que tinha servido apenas de intermediário, porque o “cérebro da operação” era, na verdade, o Director científico. Cada prova, segundo apurou a polícia na altura da detenção de Ussene, custava cinco mil meticais com espaço para desconto até dois mil meticais, para quem comprasse maior número de exemplares.

O negócio foi travado mercê de uma denúncia feita por estudantes que, se apercebendo de uma movimentação anormal de exemplares das provas envolvendo elementos da direcção e seus colegas, trataram de alertar a polícia e esta, por sua vez, despachou uma equipa de investigadores. Os investigadores policiais, segundo o matutino “Notícias” com muita facilidade filtraram a rede de vendedores das provas do exame de admissão.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts