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Francisco Noa é o quinto vencedor do Prémio BCI de Literatura

O académico moçambicano Francisco Noa é o vencedor do Prémio BCI de Literatura, referente a edição 2014, com o livro “Perto do Fragmento, a Totalidade – Olhares sobre a Literatura e o Mundo”. O escritor é o quinto galardoado, sucedendo João Paulo Borges Coelho, que levou o prémio em 2010, Adelino Timóteo, em 2011, Eduardo White, em 2012, e Ungulani Ban Ka Khosa, em 2013.

Trata-se de uma obra que, conforme elucida o subtítulo (Olhares sobre a Literatura e o Mundo), reúne as reflexões do autor sobre, primeiro, o fenómeno literário nacional e universal, principalmente, na vertente da teoria e da crítica. Saliente-se, aqui, o facto de que, em toda e qualquer instituição literária, a teoria e a crítica desempenham, ao lado de outros sectores como a escola, a imprensa, um papel de relevo na produção, na recepção, no ensino-aprendizagem, na divulgação e na valorização da literatura.

Segundo aspecto, a obra faz reflexões sobre o mundo em sua volta, cumprindo, deste modo, diversas funções, das quais, destacamos as seguintes: pedagógica (encontramos, na obra, textos que constituem verdadeiros espaços de aprendizagem do exercício intelectual); social (os temas e os motivos subjacentes aos textos componentes da obra focalizam a efervescência do tempo passado, presente e futuro da sociedade, sobretudo, a moçambicana); epistemológica (são textos que fazem apelo ao conhecimento, em lato senso).

Lançado no passado ano de 2014, para além da reflexão em torno da literatura universal, sobretudo moçambicana, estão coligidos neste livro – “Perto do Fragmento, a Totalidade – Olhares sobre a Literatura e o Mundo” – muitos saberes, uns particulares outros universais; uns teóricos, outros práticos, uns empíricos, outros científicos, representados com inquestionável esmero linguístico e intelectual. Saberes que, pelo seu papel no universo literário e pelas funções na esfera social constituem uma fonte de referência, no exercício da formação do cidadão.

De referir que o prémio é estimado em cerca de duzentos mil meticais.

Minibiografia de Noa

Doutorado em literaturas africanas de língua portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa (2001), Noa é, desde 1992, professor de Literatura Moçambicana, Literatura Geral e Comparada, Poética e Retórica na Universidade Eduardo Mondlane.

Além disso, Francisco é pesquisador de renome, director-executivo do Centro de Estudos Sociais Aquino de Bragança (CESAB), professor convidado e orientador de teses de Licenciatura, Mestrado e Doutoramento em diversas universidades nacionais e estrangeiras.

Ao longo dos anos publicou as obras como “Literatura Moçambicana: Memória e Conflito”, em 1997, “A Escrita Infinita”, em 1998, “Império, Mito e Miopia – Moçambique como invenção literária”, em 2002, “A Letra, a Sombra e a Água”, em 2009 e “Perto do Fragmento, a Totalidade – Olhares sobre a Literatura e o Mundo”, em 2014.

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