A França vai reconhecer Mahmud Ahmadinejad como o novo presidente do Irão, e continuará ao mesmo tempo apoiando o movimento para mais democracia lançado neste país após a controvertida eleição presidencial de 12 de junho, declarou esta quinta-feira o ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner.
Questionado por parlamentares no Senado sobre o reconhecimento do segundo mandato de Ahmadinejad, que deve tomar posse em agosto, o chanceler francês admitiu que a França não tem outra escolha. “Temo que não seja o primeiro que terá que ser reconhecido.
Houve uma contestação, mas como todo mundo no Irã proclamou a eleição de um presidente, seria inútil e contraproducente ir sozinho no sentido contrário”, argumentou. Kouchner pediu que a França continue a “apoiar este movimento” para mais democracia, que nasceu da contestação dos resultados da eleição de junho. “Temos que multiplicar os contatos (com o movimento), e continuar lutando contra o que está acontecendo neste país no que se refere à energia atômica”, acrescentou.
“Estamos acompanhando um movimento que parece ter futuro com o povo iraniano”, destacou o ministro. “Constatamos que há divergências importantes na hierarquia xiita. Pela primeira vez em 30 anos, há uma luta de poderes no mais alto nível no Irã”, observou.