A França reiterou, Quarta-feira, em Maputo, a sua intenção de financiar a construção da linha de transmissão de energia ligando a província central de Tete a capital moçambicana, projecto conhecido como espinha dorsal Norte-Sul.
Trata-se dum projecto orçado em cerca de dois biliões de dólares e cuja construção deverá iniciar já no próximo ano e que, além da França, também poderá contar com os financiamentos da Noruega, Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Banco Europeu de Investimentos (BEI) bem como as Redes Energéticas Nacionais e a Electrobras.
Falando a jornalistas, momentos depois duma audiência com o Presidente da República, Armando Guebuza, o Embaixador cessante da França, Christian Daziano, disse que o seu país está interessado em participar neste projecto ambicioso.
“Actualmente, estão em curso as discussões sobre o financiamento da construção da espinha dorsal da linha de Tete a Maputo/ Matola”, disse Daziano, momentos depois de despedir-se de Guebuza, marcando o término do seu mandato de sensivelmente três anos no país.
Segundo Daziano, durante os três anos do seu mandato em Moçambique, os dois países desenvolveram a sua cooperação, particularmente no desenvolvimento de diversas infra-estruturas bem como nos domínios de água potável e de electricidade.
Ainda na área da electricidade, o Embaixador da França também manifestou a intenção do seu país em “participar, de maneira significativa,” no projecto de construção da barragem de Panda Nkuwa, a segunda a ser erguida ao longo do rio Zambeze, na província central de Tete.
Orçada em 2,9 biliões de dólares, esta barragem, a localizar-se a 60 quilómetros a montante da actual hidroeléctrica de Cahora Bassa, irá ligar-se a subestação de Matambo, onde se vai juntar a linha de transmissão para a África do Sul. Por sua vez, esta linha estará ligada a espinha dorsal que se projecta.
