A Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) vai desembolsar um milhão de euros para financiar o desenvolvimento da Reserva Nacional do Gilé, localizada na província da Zambézia, Centro de Moçambique. Para o efeito, o Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, e o Director da AFD, em Maputo, Bruno Leclerc, assinaram esta semana uma convenção para formalizar o financiamento deste projecto.
Leclerc assinou o documento em representação do Fundo Francês para o Ambiente Mundial (FFEM). Segundo um comunicado de imprensa da AFD, hoje recebido pela AIM, este montante destina-se a apoiar o desenvolvimento da Reserva Nacional do Gilé, bem como da zona periférica, locais que constituem a única área protegida da província da Zambézia. “Esta reserva dispõe de uma biodiversidade excepcional e é uma das últimas zonas selvagens que, apesar de ser ameaçada pela pressão crescente exercida sobre os seus recursos, subsiste na região”, indica o comunicado.
O projecto, que tem a duração de quatro anos, integra a componente de preservação e reabilitação da biodiversidade desta reserva e de garantir uma utilização sustentável dos seus recursos naturais pelas populações residentes na zona periférica. Assim, a reserva beneficiará de repovoamento de espécies ameaçadas, como é o caso do rinoceronte preto. Ainda no âmbito desta iniciativa, vai se privilegiar o trabalho com as comunidades residentes na periferia da reserva (zona tampão).
Em Junho de 2007, o Ministério moçambicano do Turismo (MITUR) assinou um protocolo delegando a co-gestão desta reserva à Fundação Internacional para a Gestão da Fauna (IGF), que será também responsável pela implementação das actividades financiadas pelo FFEM no quadro deste novo acordo.
Este projecto está integrado num programa mais alargado de desenvolvimento da reserva, envolvendo a Organização Não Governamental italiana designada Organização para o Serviço Voluntário, COSV, co-autora da iniciativa. Este novo apoio integra-se no quadro da cooperação estratégica entre Moçambique e a França para o período entre 2006-2010, que tem como enfoque dois principais sectores de intervenção, a saúde e meio ambiente.