Um fotógrafo britânico ferido num bombardeio do Exército sírio em Homs foi levado clandestinamente para o vizinho Líbano, esta Terça-feira, mas vários sírios foram mortos na operação de resgate, e o destino de outros jornalistas retidos com ele continua desconhecido.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, chegou a anunciar o resgate da jornalista francesa Edith Bouvier, que teve o fémur estilhaçado durante o bombardeio no bairro rebelde de Baba Amro.
Depois, no entanto, ele matizou as expectativas. “Não foi confirmado que ela hoje esteja salva no Líbano”, disse Sarkozy.
O grupo activista Avaaz afirmou ter planeado o resgate do fotógrafo Paul Conroy, e acrescentou que Bouvier, provavelmente, continua em Homs, onde no dia 22 foram mortos o fotógrafo francês Remi Ochlik e a veterana correspondente de guerra norte-americana Marie Colvin.
O Avaaz afirmou ter trabalhado com activistas sírios, dos quais 13 foram mortos nos últimos dias em tentativas de retirar jornalistas estrangeiros e sírios feridos de Homs.
“O resgate de Paul Conroy hoje é um enorme alívio, mas isso deve ser temperado pela notícia de que três continuam desaparecidos, e por nosso respeito pelos activistas, incrivelmente corajosos, que morreram durante as tentativas de retirada”, disse em nota o director-executivo do Avaaz, Ricken Patel.
O jornal britânico Sunday Times disse que Conroy, ferido na perna nos ataques da semana passada, “está em boa forma e animado”.
Um activista do Avaaz disse que os jornalistas Javier Espinosa e William Daniels supostamente também continuam em Homs.
Conroy trabalhou anteriormente com Colvin, correspondente do Sunday Times, inclusive na Líbia, onde estiveram entre os poucos jornalistas a trabalhar dentro da cidade portuária de Misrata durante o prolongado cerco feito, ano passado, por tropas leais ao então governante Muammar khadafi.