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Fabricar bomba nuclear é “grande pecado”, diz Irão

Enfrentando uma crescente pressão internacional por causa do seu programa nuclear, o Irão pediu novas negociações com a agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU), esta Terça-feira, e condenou a produção de armas atómicas, dizendo que isso é um “grande pecado”.

O Irão afirma que o seu programa nuclear é pacífico, mas as negociações com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) estão interrompidas e as potências ocidentais preocupam-se cada vez mais com a possível dimensão militar da actividade atómica de Teerão.

Em discurso na Conferência sobre o Desarmamento, em Genebra, patrocinada pela ONU, o ministro das Relações Exteriores do Irão, Ali Akbar Salehi, disse esperar que as conversas prossigam e que está confiante de que elas seguirão na direcção correta.

“Gostaria de enfatizar novamente que não vemos nenhuma glória, orgulho nem força nas armas nucleares, mas o oposto, com base no decreto religioso emitido por nosso líder supremo, de que a produção, a posse, o uso ou a ameaça de uso de armas nucleares são ilegítimos, fúteis, perigosos, prejudiciais e proibidos como um grande pecado”, afirmou ele.

Muitos no campo ocidental, entretanto, permanecem cépticos. A AIEA afirmou que não estão planeadas novas conversações, dado que os diplomatas ocidentais relataram uma indisponibilidade do Irão para lidar com as alegações de pesquisa nuclear militar.

Um relatório preparado pela AIEA, semana passada, revelou que o Irão aumentou de forma significativa o enriquecimento de urânio, o que fez aumentar os preços do petróleo por causa dos temores de que as tensões entre Teerão e o Ocidente possam culminar num conflito militar.

Israel ameaçou desferir ataques para evitar que o Irão obtenha a bomba, dizendo que o progresso tecnológico contínuo de Teerão indica que em breve ele pode passar a uma “zona de imunidade”.

Em reuniões de alto escalão entre a AIEA e o Irão, ocorridas em Teerão em Janeiro e Fevereiro, as autoridades iranianas recusaram-se a responder a relatórios da inteligência sobre pesquisas sigilosas relevantes ao desenvolvimento de armas nucleares, disseram diplomatas ocidentais.

Falando a jornalistas em Genebra, Salehi disse que o Irão espera que o “diálogo iniciado” com a AIEA continue.

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