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Fornecedores privados retomam o abastecimento de água mas haverá restrições

A Associação dos Fornecedores de Água de Moçambique (AFORAMO) assegurou ao @Verdade, esta sexta-feira (12), que vai voltar a fornecer o precioso líquido à população das zonas por si abastecidas, depois de mais de 24horas de paralisação desses serviços. Para evitar o sofrimento de mais de dois milhões de consumidores que dependem dos furos privados, a partir da tarde desta sexta haveria água a jorrar nas torneiras, mas adverte que haverá algumas interrupções ao longo de cada mês.

O presidente da AFORAMO, Paulino Cossa, disse que devido à interrupção no fornecimento de água, nos bairros onde a situação era crítica, tais como Ndlavela e Zona Verde, algumas pessoas vandalizaram as infra-estrututras dos “privados”.

O nosso interlocutor adverte às famílias para que estejam atentas e tomem a cautela de ficar sempre com os reservatórios abastecidos, pois o fornecimento da água será intermitente, isto é, em cada mês haverá dois ou mais dias em que nenhuma torneira dos bairros dependentes dos “privados” vai jorrar água.

Segundo Cossa, a AFORAMO considera que o Governo tem um comportamento arrogante, está a fazer de tudo para eliminar a concorrência dos operadores privados. Contudo, não há necessidade de sacrificar a população por causa de um erro cometido sistematicamente pelo Executivo, que supostamente nada faz para garantir a sustentabilidade do fornecimento de água. Sabota e danificar os sistemas da AFORAMO e não dá as devidas indemnizações.

Ainda persistem a exclusão no processo de expansão das linhas de abastecimento, a falta de interesse para a criação de um instrumento legal que regule a actividade, dentre outras irregularidades, disse Cossa, para quem a paralisação no fornecimento do precioso líquido afectou somente as cidades de Maputo e Matola, onde tem mais de 90 porcento de consumidores. O sector privado abrange a 70 porcento dos população das zonas periféricas.

Porém, Suzana Loforte, da Direcção Nacional de Águas (DNA) considerou que apenas 20 porcento da população de Maputo e Matola é que depende dos operadores privados. O Governo entende que eles devem ser compensados pelas suas infra-estruturas e pelos lucros num período de 15 anos. Contudo, devem existir outras fórmulas de cálculo de indemnizações justas para as partes, pois o dinheiro que eles querem é insustentável.

Para Cossa, o Governo não vai conseguir afastar os fornecedores privados das áreas onde se encontram a operar porque “o povo reconhece que somos úteis e somos a solução para a acabar com a escassez de água no país”.

 

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