As forças de segurança da Síria ordenaram aos comerciantes grevistas este domingo que abram as lojas, segundo ativistas no primeiro dia de uma greve liderada pela oposição para dar apoio à revolta de nove meses contra o presidente Bashar al-Assad.
Os ativistas estão a promover a greve para encorajar sírios que podem estar amedrontados em aderir ao levante contra o governo da família Assad, que está há 41 anos no poder.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos disse que as forças de segurança em algumas áreas da periferia de Damasco forçaram os comerciantes a abrirem as lojas. “Eles foram levados as suas lojas e ordenados a abrir. Eles se recusaram e a polícia quebrou as portas das lojas, forçando a abertura”, disse Rami Abdulrahman, chefe do grupo.
A Síria barrou a maioria dos jornalistas independentes do país, tornando difícil avaliar a extensão da greve. Mas uma testemunha que viajou a Damasco disse que a maioria das lojas estavam fechadas na principal rua de comércio no quarteirão Medan, no centro da capital, onde há uma forte presença das forças de segurança.
Na cidade de Deraa, as forças de segurança e a milícia leal a Assad forçaram o fim da greve. “Eles começaram a empurrar as aberturas das lojas nas principais ruas Hanano e Martyrs na cidade de Deraa para forçar as lojas a abrirem”, disse uma testemunha.