Forças de segurança egípcias mataram 12 mexicanos e egípcios e feriram outras dez pessoas “por acidente” nesta segunda-feira, confundindo um comboio turístico com militantes que estavam a perseguir no deserto, disse o Ministério do Interior.
Pelo menos dois cidadãos de nacionalidade mexicana foram mortos, segundo informou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores do México.
A força conjunta da polícia e dos militares egípcios estava a perseguir militantes no vasto deserto ocidental do país, que faz fronteira com a Líbia, quando abriu fogo contra o comboio. De acordo com um informe do Ministério do Interior egípcio, eles estavam em quatro veículos todo o terreno e haverá uma investigação sobre como e por que os turistas entraram numa área fora dos limites do permitido.
O presidente do México, Enrique Peãa Nieto, condenou o ataque na sua conta no Twitter, descrevendo o incidente como “trágico”, e exigiu uma investigação completa. “O México condena estes actos contra nossos cidadãos e exige uma investigação exaustiva do que ocorreu”, afirmou.
Um porta-voz do Ministério do Turismo do Egipto disse à agência de notícias estatal Mena que o comboio estava em um local fora dos limites aprovados e com carros sem licença. O grupo estava a participar de um safari não aprovado, afirmou.
O Egipto combate rebeldes que ganharam força depois que os militares derrubaram o presidente Mohamed Mursi, um islamista da Irmandade Muçulmana, em meados de 2013, após protestos em massa contra seu governo. O movimento rebelde está a ser insuflada pela filial egípcia do Estado Islâmico e já matou centenas de soldados e policiais, além de ocidentais.
