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Forças do Egito matam jornalista após início de toque de recolher

Forças de segurança egípcias mataram o chefe de redação de um escritório provincial do jornal estatal Al-Ahram nesta segunda-feira, depois de abrir fogo contra um carro que pensavam estar a tentar escapar de um posto de controle que inspecionava um toque de recolher do anoitecer ao amanhecer, afirmou o Exército em comunicado.

No que parecia ser um tiro acidental, já que jornalistas estão isentos do toque de recolher, Tamer Abdel Raouf, chefe de redação do Al-Ahram na província de Buhayra, foi morto a tiros, enquanto um jornalista de outro jornal estatal, Al Gomhuriya, ficou ferido.

O Exército afirmou em comunicado publicado no Facebook que o carro no qual os dois jornalistas viajavam chamou atenção porque estava em alta velocidade durante o horário do toque de recolher e não respondeu aos sinais para parar ou aos tiros para o alto. “Não houve tiroteio excessivo contra o carro em questão, nem intenção de matar aqueles dentro do carro”, disse o comunicado, convidando as pessoas a aderir ao toque de recolher para facilitar o trabalho dos serviços de segurança.

O governo do Egito ordenou o toque de recolher, previsto para durar até o próximo mês, depois que as forças de segurança atacaram, na quarta-feira, dois acampamentos de protesto que exigiam o retorno do presidente deposto Mohamed Mursi. Quase 900 pessoas, incluindo mais de 100 soldados e policiais, foram mortos desde então.

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