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Forças de Assad promovem ataques depois do acordo entre EUA e Rússia

Aviões de guerra sírios bombardearam redutos rebeldes da capital, este Domingo (15), depois de os Estados Unidos terem concordado em cancelar acções militares num acordo com a Rússia para remover as armas químicas do presidente Bashar al-Assad.

O presidente Barack Obama disse que ainda poderá lançar ataques se Damasco não seguir o plano de desarmamento de nove meses da ONU desenhado por Washington e pelo aliado de Assad, Moscovo. Mas a relutância de eleitores dos EUA e aliados do Ocidente em entrar numa nova guerra no Oriente Médio, e a oposição da Rússia, colocaram os ataques em espera.

Os rebeldes sírios, chamando o foco internacional no gás venenoso de um espectáculo secundário, evitaram comentar se o pacto poderia levar a conversas de paz e disseram que Assad retomou uma ofensiva com armas regulares agora que a ameaça de um ataque aéreo dos Estados Unidos diminuiu.

As respostas internacionais para o acordo de Sábado foram cautelosas. Os governos do Ocidente, cuidadosos com Assad e familiares com os anos de inspecções frustradas da ONU no Iraque de Saddam Hussein, citaram as enormes dificuldades técnicas de se destruir um dos maiores arsenais químicos em meio a uma guerra civil.

Ataques aéreos, bombardeios e ataques de infantaria contra subúrbios de Damasco na manhã deste Domingo mostravam que Assad está de novo a retomar a guerra contra rebeldes depois de um recuo depois do ataque químico de 21 de Agosto que provocou a ameaça de um ataque norte-americano.

“É uma proposta inteligente da Rússia para evitar os ataques”, disse à Reuters um apoiante de Assad no porto de Tartous, local de uma base naval russa. “A Rússia vai nos dar novas armas que são melhores que armas químicas”, acrescentou.

Um líder da oposição em Damasco ecoou a decepção entre os líderes rebeldes: “ajudar os sírios significaria acabar com o derramamento de sangue”, disse.

Estima-se que o ataque químico tenha matado apenas centenas de mais de 100 mil mortos na guerra que também forçou um terço da população a deixar as suas casas desde 2011.

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