A fome esta a afectar pouco mais de 18 mil pessoas no distrito de Chigubo, província de Gaza, Sul de Moçambique.
A seca prolongada, caracterizada pela escassez de chuvas durante o ano de 2008, esta na origem da fome que assola diferentes pontos daquele distrito do interior.
Para fazer face a grave crise pela qual estas pessoas estão a passar, o governo distrital endereçou um pedido de apoio ao Governo Provincial, que resultou na aquisição de 10 toneladas de milho, que foram distribuídas pelas famílias mais vulneráveis.
Para que se efectivasse esta acção, realizada em parceria com o Instituto Nacional de Gestão das Calamidades (INGC), o Administrador do distrito de Chigubo, Alves Zitha, disse que foram também adquiridos 3.650 litros de gasóleo para abastecer os meios circulantes envolvidos na distribuição não só dos alimentos como também de agua.
Porem, segundo Zitha, em finais de Dezembro último, registou-se a ocorrência de chuvas que permitiram relançar a actividade agrícola, tendo os camponeses aumentado as áreas de cultivo e lançado a terra sementes diversas contribuindo deste modo no combate a fome.
O Administrador disse que, para garantir que a presente época agrícola seja produtiva, o governo distrital adquiriu 76,7 toneladas de semente de milho, duas de gergelim e uma de feijão nhemba, que foram distribuídas a 1.442 famílias, para alem de terem sido realizadas feiras de venda de insumos agrícola nas zonas de Dindiza e Zinhane.
Ainda no âmbito do combate a fome, foram instalados naquele distrito dois campos de ensaios e demonstração de viveiros de hortícolas e de multiplicação de estacas de mandioqueira, num trabalho realizado pela CERUM-Chigubo, beneficiando 58 e 80 famílias nas zonas baixas de Davazive e Tchelefo, respectivamente.
No âmbito da Revolução Verde, segundo Zitha, as autoridades distritais sensibilizaram os camponeses para aumentarem a área de cultivo, tendo conseguido passar de 9.550 para 14.903 hectares de culturas diversas na presente campanha. Em paralelo, foi realizado um trabalho de sensibilização dos populares para o aproveitamento das zonas baixas, em especial as com maior capacidade de retenção da agua, nas zonas de Zinhane, Saute e Dindiza, com área total de cerca de 100 hectares.
Na prossecução do mesmo ideal, de acordo com o administrador, foram construídos, no âmbito do investimento local, pequenos sistemas de regadio com capacidade para irrigar três hectares, nas zonas de Tchelefo e Dindiza.