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FMI reitera que economia moçambicana vai crescer sete porcento este ano

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que Moçambique vai crescer 7% este ano, acelerando para os 8,5% em 2014, no entanto, este crescimento pode ser minado por condutas irresponsáveis das lideranças políticas nacionais. O FMI estima também uma forte subida da inflação, de 2,1% em 2012 para 5,5%, este ano.

Os técnicos do FMI estimam, no World Economic Outlook, esta terça-feira divulgado, que Moçambique mantenha um cres- cimento “razoavelmente robusto”, o mesmo acontecendo com outros países da África subsahariana.

“A previsão de crescimento é razoavelmente robusta, alicerçada no investimento em infra-estruturas, energia e projectos de recursos naturais, bem como num aumento da produção dos projectos que agora entram em funcionamento” em países como Moçambique, Níger e Serra Leoa.

No entanto, advertem os técnicos, as recentes fraquezas nos preços das comomodities internacionais podem atrasar os investimentos mineiros nalguns países, como a Guiné, e “o crescimento a médio prazo de países exportadores de recursos também vai ser afectado pela trajectória de abrandamento do crescimento económico da China”.

Economia mundial

A economia mundial deverá crescer 2,9% este ano, acelerando para um crescimento de 3,6% em 2014, segundo as estimativas esta terça-feira divulgadas pelo FMI, que piorou as previsões face às de Julho.

De acordo com o aludido World Economic Outlook, as economias emergentes vão crescer consideravelmente mais do que as economias desenvolvidas, ainda que o FMI considere que se mantêm os riscos descendentes às previsões agora anunciadas.

O FMI estima que os países emergentes cresçam 4,5% em 2013 (menos 0,5% do que o estimado nas previsões divulgadas em Julho) e que voltem a apresentar um crescimento de 5,1% em 2014 (-0,4% do que o anteriormente estimado).

No caso dos países desenvolvidos, as suas economias deverão aumentar 1,2% este ano e 2% em 2014, mantendo-se as estimativas apresentadas em Julho. Para os países emergentes, o FMI considera que é preciso implementar uma “nova ronda de reformas estruturais” nestas economias.

Relativamente aos riscos descendentes a que estas previsões estão expostas, o FMI desenha um “cenário plausível de queda”, que diz ser composto por “desilusões continuadas e plausíveis em todo o lado”.

Este contexto é marcado, entre outros factores, por um investimento fraco na zona euro, pelo abrandamento do crescimento dos países emergentes, por uma restrição mais ampla do que a prevista nas condições financeiras nos Estados Unidos e por uma turbulência maior nos mercados financeiros internacionais.

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