A adesão de Moçambique, em Março de 2011, à Iniciativa Transparência nas Indústrias Extractivas (ITIE) irá “contribuir de forma decisiva” para o sucesso da luta contra a corrupção, segundo Victor Duarte Lledo, representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique.
“Moçambique será exemplo no mundo por aderir àquela iniciativa em menos de dois anos, contrariamente ao que se passa com outros países que levam muitos anos para o fazerem”, destacou Lledo, respondendo a uma pergunta do Correio da manhã sobre o balanço que o FMI faz ao desempenho de Moçambique na luta contra a corrupção.
A adesão de Moçambique à ITIE irá acontecer em Maputo durante uma conferência internacional daquela instituição que visa garantir que as indústrias extractivas contribuam de facto para o desenvolvimento socioeconómico dos países membros e a acção está a ser dinamizada por um comité integrando representantes do Governo, sociedade civil e da Indústria.
Também a representante do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) em Moçambique, Alice Hamer, considerou “encorajadora” a adesão de Moçambique à Iniciativa Transparência na Indústria Extractiva, por vir a possibilitar uma maior transparência na gestão de gás natural, petróleo e outros hidrocarbonetos, bem como de areias pesadas e outros recursos não renováveis.
O comité, presidido pelo vice-ministro dos Recursos Minerais, Abdul Razak, está a esboçar estratégias e políticas públicas de exploração dos recursos não renováveis que respondam às necessidades de gestão cautelosa das reservas e aos desafios de aplicação da riqueza gerada para diversificação de oportunidades de desenvolvimento do país.
