Filho e pai, nomeadamente Faizal Manuel Salé e Abdul Rename Salé, de 30 e 61 anos de idade, respectivamente, encontram-se a ver o sol aos quadradinhos e sob responsabilidade da Polícia de Investigação Criminal (PIC) numa das esquadras da PRM, na Beira, indiciados no crime de posse ilegal de arma (pistola e suas munições) e tentativa de aliciação de um agente da corporação.
Segundo o Diário de Moçambique, a mesma malfeitoria conduziu ao aprisionamento de um terceiro indivíduo, Manecas da Costa Sampaio, de 22 anos, tido como cúmplice na venda da arma encontrada nas mãos do primeiro detido.A história contada pelas autoridades policiais estacionadas na cidade da Beira refere que Faizal Manuel Salé foi surpreendido em flagrante na zona do Maquinino, no dia 4 de Julho corrente, quando na companhia de Manecas da Costa Sampaio esperavam por compradores da referida pistola, a qual seria comercializada por 50 mil meticais.
Mateus Mazibe, oficial de imprensa no Comando Provincial da PRM de Sofala, revelou que dois dias após o aprisionamento de Faizal Manuel Salé e seu comparsa, o pai do primeiro detido, Abdul Rename Salé, procurou o agente de buscas da PRM (que está à frente do caso) para corrompé-lo por 20 mil meticais em troca da soltura do seu filho.
“Portanto, filho e pai e o terceiro comparsa, encontram-se detidos numa das esquadras da PRM sob responsabilidade da PIC e foi já aberto um processo-crime de posse ilegal de arma de fogo e tentativa de suborno e estes vão responder em juízo” — indicou o oficial de imprensa no Comando Provincial da corporação em Sofala.
Quando questionado sobre como a Polícia conseguiu neutralizar Faizal Manuel Salé e Manecas da Costa Sampaio, o entrevistado revelou que as autoridades tomaram conhecimento do caso por meio de uma denúncia popular, a qual indicava haver dois indivíduos que circulavam na Beira com pretensão de comercializar uma arma de fogo.
“Iniciou-se um trabalho técnico operativo para comprovar a veracidade desta informação. Evidenciado o facto, seguiu-se uma perseguição, a qual culminou com a neutralização do duo, na zona do Maquinino, quando no dia 4 de Julho corrente esperavam pelos compradores da pistola, a qual seria vendida por 50 mil meticais” — contou Mateus Mazibe, acrescentando que já nas mãos das autoridades policiais, Faizal Salé revelara ter comprado a referida pistola com cidadão de nacionalidade zimbabweana ao preço de 15 mil meticais, valor que foi convertido em artigos de vestuário.
“Ele contou-nos que ambicionava revender a arma por 50 mil meticais para obter lucros. Na altura da sua detenção ele e o seu comparsa encontravam-se no Maquinino à espera dos compradores que tinham, segundo eles, ido ao banco, mas que nunca chegaram a regressar ao local da comercialização” — indicou Mazibe, garantindo que as autoridades continuam a trabalhar no sentido de saber a proveniência dos compradores da arma.