Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Festival do desperdício

Cinco jogadores, nove passes, um golaço – aos 7′ do jogo de hoje com o Lesotho, Miguel Chaú deve ter sorrido de orgulho ao ver a sua equipa a jogar como ele pretende: com velocidade na circulação de bola e objectiva na procura da baliza. O golo apontado por Tony, após uma jogada que envolveu também Rúben, Mayunda, Mustafa e Maninho, foi o melhor que os mambinhas fizeram na 1ª parte.

Mais: foi o melhor que fizeram desde que Miguel Chaú chegou ao comando da equipa.

A vitória por 3-1 sobre o Lesotho deu mostrou a mecanização de processos que Chaú disse que era o mais importante. A equipa confirmou a ideia de estar a crescer, mas ainda há muito trabalho para fazer, sobretudo em termos defensivos. Mexer e Zainadine equilibram a equipa, mas Butana e Mayunda mostraram-se sem ritmo e com dificuldades para enfrentar extremos bem abertos.

Há ainda a pressão alta, um conceito que só as grandes equipas sabem inperpretar na perfeição. Hoje os mambinhas mostraram que também assustam os adversários, pelo menos alguns mais sensíveis, como deve ser o caso de Molefe Lekoekoe. O médiocentro do Lesotho sentiu a respiração de Mustafa nas suas costas e, com Maninho Tony a taparem-lhe as linhas de passe, não teve descernimento para pensar o jogo a partir do meio campo.

A vantagem caída do céu logo aos 7′ veio disfarçar as dificuldades sentidas pelos comandados de Chaú nos primeiros minutos de jogo em gizar a baliza contrária. A superioridade numérica do Lesotho na zona central prendia Rúben e Nelsinho a tarefas mais defensivas, e eram poucas as vezes em que os mambinhas conseguiram chegar com real perigo ao ataque.

O falhanço anedótico de Rúben acabou por atenuar o domínio inicial dos mambinhas, que, mesmo sem ter criado grandes lances de perigo, andava a ameaçar. Mais uma vez, era Josimar a compensar a notória falta de ritmo de Rúben. À sua frente, Maninho confirmava defeitos e qualidades: era pouco móvel, mas compensava-o com uma notável capacidade para antecipar o jogo.

O golo supersónico já referido acabou por tornar evidente a superioridade do mambinhas, que foram controlando as coisas com relativa facilidade até ao intervalo.

No segundo tempo Chaú fez várias substituições. Pouco depois, já a seguir Tony aumentou a vantagem e depois marcou o 3-0. A defesa continuava a ter problemas, sobretudo pelos flancos. E foi para compensar uma falha defensiva que Mustafa cometeu uma grande penalidade, apontada por Thabo Masualle, aos 78′, assim como vários lances de perigo que Bino lá foi parando.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!