A situação da febre da Doença do Vírus do Ébola (DVE) na Guiné Conacri, na Libéria e na Serra Leoa agrava-se com uma transmissão persistente e generalizada do vírus, indica a Organização Mundial da Saúde (OMS) que na sua última actualização indica que um total de 4.493 pessoas morreu até 12 de Outubro. Entretanto 8.997 casos foram confirmados ou são prováveis suspeitos do Ébola em sete outros países do mundo.
A OMS anunciou terça-feira que um aumento de novos casos na Guiné Conacri ilustra-se por um aumento dos casos suspeitos e confirmados na capital, Conacri, e no distrito vizinho de Coyah. Na Libéria, a OMS sublinha que os problemas de recolha dos dados impediram tirar conclusões firmes sobre os últimos dados, acrescentando que há « quase um sub-recenseamento dos casos na capital, Monróvia ». Na Serra Leoa, ela nota uma transmissão intensa na capital, Freetown, e nos distritos vizinhos.
Até agora, quatro mil e 493 mortos foram notificados em oito mil e 997 casos, principalmente nestes três países. Em reacção a esta epidemia de Ébola sem precedente, a primeira missão sanitária de emergência da ONU, a Missão para Ação de Emergência contra Ébola (MINUAUCE), foi instaurada tendo como prioridades estratégicas entravar a propagação da doença, tratar os pacientes infetados, assegurar os serviços essenciais, preservar a estabilidade e impedir a propagação aos países não afetados.
“A OMS vai continuar a ser responsável pelo conjunto da estratégia sanitária e de conselho a nível da Missão e deslocou a sua base de operação de Conacri, na Guiné, para a sede da MINUAUCE em Accra, no Gana”, sublinhou a agência das Nações Unidas.
A OMS anunciou no início desta semana que o Senegal e a Nigéria serão declarados livres do Ébola sexta-feira e segunda-feira respectivamente se algumas condições forem reunidas. A organização da ONU indica que se o controlo ativo continuar no terreno e se nenhum novo caso for detectado o fim da epidemia do Ébola no Senegal será declarado sexta-feira (17 de outubro).
A Nigéria deve também ultrapassar os 42 dias previstos para o controlo ativo de novos casos e se nenhum caso for detetado até 20 de outubro o fim da epidemia será igualmente declarado neste país, segundo a Organização Mundial da Saúde.