O Fundo de Desenvolvimento Agrícola (FDA) está a financiar um programa de fomento de uma nova variedade de manga com alto valor comercial, uma iniciativa que tem como alvo pequenos e médios agricultores do sector familiar da província de Maputo e Inhambane, sul do país.
Orçado em cinco milhões de meticais anuais (cerca de 178 mil dólares americanos), este programa visa garantir que os agricultores tenham acesso a mudas de qualidade e de melhor variedade, abastecer o mercado interno e externo com fruta de qualidade, bem como servir como uma fonte alternativa de renda para os agricultores.
Iniciado no ano passado, este programa consiste no financiamento dos agricultores de sete distritos da província de Maputo na aquisição de 30 mil mudas de mangueiras da variedade “Tommy Atkins”.
A partir do corrente ano, o projecto passou a abranger a província de Inhambane, esperando-se expandir para outros pontos do país futuramente.
“O FDA entra no programa com a distribuição de mudas aos agricultores a preços subsidiados em cerca de 40 por cento”, explicou Dânia Falcão, chefe do Departamento de Florestas do FDA, falando hoje a jornalistas. Este programa poderá futuramente abranger outras fruteiras, como são os casos de ananás e papaia.
Proveniente da vizinha África do Sul, a variedade “Tommy Atkins” tem um potencial para produzir cerca de 20 toneladas por hectare, mas nesta fase inicial em Moçambique os técnicos locais preferem fixar a produtividade em 10 toneladas por hectare.
Paralelamente, o FDA em colaboração com o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM) iniciou, Segunda-feira (29), um curso de formação de extensionistas agrários da província de Maputo para dotá-los com conhecimentos básicos e com técnicas melhoradas de produção de mudas e maneio do cultivo da mangueira.
Falando na abertura deste curso de cinco dias, a directora adjunta do FDA, Neide Xerinda, disse que uma das apostas da sua instituição é incentivar a agricultura familiar com a produção de frutas, no âmbito da prossecução dos objectivos do governo para a redução da pobreza e garantia da segurança alimentar.
“No sentido de garantir o sucesso e melhor implementação deste programa e outros que possam surgir, promovemos a capacitação técnica dos extensionistas na produção de mudas e maneio dos pomares, criando assim um meio fiável de transmissão do conhecimento e tecnologia para os agricultores na área da fruticultura”, disse Xerinda.
