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Famílias vão a local de naufrágio na China; chance de encontrar sobreviventes diminui

Dezenas de pessoas romperam nesta quarta-feira um cordão de isolamento da polícia enquanto caminhavam ao local onde um barco de cruzeiro naufragou no rio Yangtzé para exigir notícias dos seus parentes desaparecidos. Os agentes de resgate procuravam mais de 400 pessoas, muitas delas idosas, mas as esperanças de encontrar mais sobreviventes do pior desastre de transporte de passageiros da história moderna da China estão a diminuir.

Apenas 14 pessoas, incluindo o capitão do barco, foram encontradas com vida desde que a embarcação virou durante um tornado na noite de segunda-feira com 456 pessoas a bordo. Só 29 corpos foram recuperados.

Frustrados com o nível das informações fornecidas pelas autoridades locais, cerca de 80 familiares alugaram um autocarro para ir da cidade de Nanjing ao condado de Jianli, na província de Hubei, uma viagem de oito horas. Eles foram vistos caminhando rumo ao local de resgate na noite desta quarta-feira (horário chinês).

“Isso não vai ajudar muito, só estamos a fazer isto para o governo ver”, disse Wang Feng, que organizou a viagem.

Mais tarde, os manifestantes romperam um cordão de isolamento formado por entre 20 e 25 polícias paramilitares que tentavam impedi-los de atravessar um bloqueio rodoviário.

Voluntários de Jianli ofereceram boleia e água aos familiares. Algumas pessoas amarraram fitas amarelas no espelho lateral dos seus carros.

Mais cedo, 47 dos parentes pediram ao governo que divulgasse a eles no local do resgate os nomes dos sobreviventes e dos mortos, de acordo com um comunicado.

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