Os parentes de um jovem que em vida respondia pelo nome de Betinho Sande, solteiro e vendedor no Mercado Central da Vila de Catandica, no distrito de Báruè, na província de Manica, amotinaram-se no comando local da Polícia da República de Moçambique (PRM) para exigir a devolução do dinheiro deixado pelo seu ente-querido e que foi entregue à corporação para ser guardado.
Sande vivia sozinho e morreu na última sexta-feira (28), tendo a família recebido a notícia por intermédio das autoridades do Bairro 7 de Abril. Dos vários bens encontrados na sua casa, contam um valor de 15.000 meticais e um telemóvel e estes últimos foram entregues ao comando da PRM como forma de salvaguardá-los.
Na altura do funeral, a Polícia entregou 4.000 meticais ao cidadão Tomás Sande, por sinal irmão do falecido, para realizar as cerimónias fúnebres. Entretanto, a família, composta pela mãe e quatro irmãos, dirigiu-se ao comando da PRM em Báruè para exigir que lhe fosse entregue o resto do dinheiro para cobrir as despesas fúnebres, porém, a corporação recusou-se.
“Fomos informados pelo comando da PRM em Báruè para comparecer hoje (29/06/2013) a fim de buscar o dinheiro. Estamos aqui mas dizem que devemos voltar na próxima segunda-feira (01/07/2013) depois de passar pelo tribunal. O que é isso?”, perguntou Tomas Sande.
Contactado o chefe de operações da PRM em Báruè, Elísio Logaciano Joanquete, confirmou o desaparecimento físico de Betinho e suspeita ter sido uma morte natural porque no local não havia sinais de crime. Em relação ao dinheiro, ele disse que a família só vai recebê-lo através das entidades competentes, tais como procuradoria ou tribunal do distrito.
Refira-se que Betinho morava numa casa arrendada e pagava mensalmente 200 meticais. Neste momento, os seus pertences encontram-se debaixo de uma árvore na casa mortuária da vila municipal de Catandica.
