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Falta de material cirúrgico condiciona atendimento no Hospital Central de Nampula

Mais de 10 pacientes que contraíram ferimentos graves e ligeiros em consequência de acidentes de viação e agressões físicas, na via pública, não foram submetidos ao tratamento, esta segunda-feira (21), no Hospital Central de Nampula (HCN), por falta de medicamentos e material cirúrgico.

Apurámos naquela unidade sanitária que os enfermeiros aconselharam aos pacientes para que se dirigissem aos postos de saúde mais próximos das suas áreas de residências ou a clínicas privadas a fim de beneficiar do tratamento. Na maior unidade sanitária da região Norte do país enfrenta crise de medicamentos e materiais médicos, tais como agulhas, seringas, anestesia, desinfectantes.

Uma cidadã que falou à nossa Reportagem em anonimato afirmou que foi vítima de agressão física protagonizada por um grupo de malfeitores, os quais lhe causaram ferimentos graves em várias partes do corpo com recurso a uma catana.

No Banco de Socorros do HCN, a nossa interlocutora ficou mais de uma hora na sala de espera a sangrar e sem nenhuma observação médica, pese embora houvesse enfermeiros em serviço. O pessoal de saúde informou aos paciente que naquela unidade sanitária havia medicamentos e material cirúrgico para fazer curativos.

A situação deixou apavorados outros cidadãos que procuravam pelos cuidados médicos urgentes, mas nada podiam fazer porque não dispunham de meios para custear as despesas nas clinicas privadas.

Além disso, o hospital encontrava-se às escuras em virtude da oscilação da corrente eléctrica, situação que se regista na cidade de Nampula, há mais de um mês. E um número considerável de cidadãos ficou cerca de 09h:00 sem beneficiar do tratamento devido à falta de energia.

Na mesma maior unidade sanitária da região Norte do país, mais de 500 pacientes internados, entre crianças e adultos, estavam entregues à própria sorte. Todavia, os enfermeiros afirmam que não houve registo de vítimas mortais, muito menos danos por parte do equipamento.

Na sala de cuidados intensivos de adultos, os doentes internados ficaram sem oxigénio, uma vez que aquele gás é distribuído através de um sistema que funcionam a corrente eléctrica, mas o pior não aconteceu.

A directora clínica do HCN, Elénia Armando, afirmou que desconhece os casos aqui narrados mas vai investigar para apurar o que aconteceu.

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