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Falta de documentos impede a população a beneficiar-se do FIL

Para se obter uma cédula pessoal ou um Bilhete de Identidade, a população da localidade de Catale, distrito de Mopeia, província da Zambézia, percorre mais de 200 km até a vila sede do distrito ou mesmo para cidade de Quelimane.

Isso deixa cada vez mais pobre aquela população estimada em mais de 6 mil habitantes, cuja sua actividade principal é a agricultura de cabo curto.

E com a falta de documentos, a população de Catale está privada de se beneficiar do Fundo de Incitativas Locais (FIL), os vulgos Sete Milhões.

Quando tentam remeter projectos ao governo distrital, os mesmos são rejeitados porque os proponentes não tem nenhum documento de identificação.

A única coisa que os populares de Catale dizem ter é apenas o cartão de eleitor, porque dizem eles que quando se aproxima o período eleitoral, há brigadas móveis para recensear a população.

“Não temos documentos e temos que percorrer mais de 150 ou mesmo 200km par obter uma cédula pessoal” – disse Luísa Fernando, moradora naquela localidade.

Luísa fez saber também que as crianças que nascem naquela zona, crescem sem serem registadas e só conseguem documento quando já atingem uma idade exigida para frequentarem a escola, aí, os pais devem sacrificar-se e levar os filhos para Mopeia ou Quelimane, afim de regista-los.

Conforme explicou, esta situação não só deixa a população de Catale cada vez mais atrás do desenvolvimento. Nessa onda toda, a população acaba simplesmente por apostar na agricultura como única fonte para sobrevivência.

Fenizio Elias de 46 anos de idade aproximadamente reside em Catale e contou ao nosso jornal que a falta de identificação impede as pessoas a concorrem aos projectos do FIL.

Muita gente, conforme explicou Elias, fica impedida em elaborar projectos porque quando assim o fazem, os projectos imediatamente são devolvidos por falta de documentos ou Número Único de Identificação Tributária (NUIT).

Se maior parte da população daquela localidade de Catale tivesse documentos de identificação, poderia ajudar para que estes obtivessem financiamento dos vulgos Sete Milhões e dai alargariam as áreas de cultivo naquela zona.

Refira-se que a população de Catele produziu na presente campanha agrícola, uma área de 6.200 hectares para culturas diversas.

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