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Faleceu Mário Wilson, o “velho capitão” da Académica que se tornou uma referência do Benfica

Mário Wilson faleceu esta segunda-feira(03), aos 86 anos, nas vésperas de celebrar o seu 87º aniversário, vítima da degradação do seu estado de saúde, decorrente de uma pneumonia sofrida em Fevereiro. Nasceu em Maputo, a 17 de Outubro de 1929, e representou a Académica em quase toda a sua carreira de futebolista, precisamente durante 12 épocas, depois de dois anos no Sporting (1949-1951), no qual se sagrou campeão em 1950/51, e um no Desportivo de Lourenço Marques, em 1948/49. “Desde muito jovem, em terras do nosso mestre e ídolo Eusébio, eu já era Benfiquista”, disse o velho capitão.

Como treinador, orientou o Benfica em três ocasiões, em 1975/76, 1979/80 e 1995/95, conquistando o título de campeão nacional de 1975/76 e as Taças de Portugal de 1979/80 e 1995/96.

Além dos ‘encarnados’, Mário Wilson orientou outros emblemas portugueses como Académica, Belenenses, Tirsense, Vitória de Guimarães, Boavista, Estoril-Praia, Cova da Piedade, Louletano, Torreense, Louletano, Olhanense, Águeda e Alverca, totalizando 548 jogos no primeiro escalão do futebol nacional.

Comandou ainda a selecção portuguesa na qualificação para o Campeonato da Europa de 1980, assim como os marroquinos do FAR Rabat.

Mário Wilson, conhecido no meio futebolístico como ‘velho capitão’ da Académica, tornou-se uma referência do Benfica, ao conquistar nos ‘encarnados’ o título de campeão em 1975/76 e as Taças de Portugal de 1979/80 e 1995/96, como treinador.

Durante a sua carreira futebolística, iniciada no Desportivo de Lourenço Marques, atual Maputo, em 1948/49, atuou como avançado no Sporting, entre 1949 e 1951, sagrando-se campeão em 1950/51, e defesa na Académica, entre 1951 e 1963.

Iniciou depois a carreira de treinador na ‘Briosa’, começando como adjunto de Cândido de Oliveira e depois de José Maria Pedroto, Otto Bumbel, Biri e Ibelloni. Em 1968, foi técnico principal de Belenenses, Vitória de Guimarães, Benfica e Boavista.

Regressou à Académica, seguindo-se o Estoril-Praia, Cova da Piedade, Louletano, Torreense, Olhanense, Águeda e, por último, o FAR Rabat, de Marrocos.

É dele a célebre frase “quem treina o Benfica arrisca-se a ser campeão nacional”, o que lhe aconteceu na época de 1975/76, quando orientou os ‘encarnados’ na transição entre Milorav Pavic e John Mortimore, a quem viria a suceder em 1979/80. Proferiu outras frases memoráveis, como “se não acreditasse no Benfica ia vender preservativos para o Rossio”.

Voltou a treinar a equipa principal das ‘águias’, em 1995/96, após a demissão de Artur Jorge, conquistando a sua segunda Taça de Portugal. Conhecido como ‘velho capitão’, Mário Wilson foi ainda selecionador de juniores durante duas épocas e comandou a seleção principal entre Setembro de 1978 e maio de 1980.

“Desde muito jovem, em terras do nosso mestre e ídolo Eusébio, eu já era Benfiquista. Fui transferido para o Sporting e até ganhei um Campeonato, mas eu era Benfiquista. É qualquer coisa de brilhante, apaixonante, que vocês ainda não tiveram oportunidade de sentir de uma forma tão expressiva. O tempo levará a isso. Vai ser sublime, porque a maioria que está aqui são jovens”, disse Mário Wilson num discurso proferido na homenagem de que recebeu, em 2012, na Gala do 108º aniversário do Benfica.

 

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