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Faleceu Carlos Renha

O conceituado músico moçambicano Carlos Renha faleceu no dia 27 de Setembro vítima de doença, na sua casa, no distrito de Rapale na província de Nampula. As cerimónias fúnebres tiveram lugar ontem 29 de Setembro de 2013 naquele ponto do país.

A sua carreira artística iniciou em 1963, com a Fundação do Conjunto “Nimala”, composto por 6 elementos. Anos mais tarde, em 1966, gravou e publicou o seu primeiro volume de trabalhos artísticos, contendo 4 obras musicais, intituladas Reunião, Oratha, Kuvo e Kamuira-kivoruwaka.

Com o seu acordeão harmónica, instrumento com o qual cativava muitos admiradores e amantes da música popular moçambicana, Carlos Renha e o seu conjunto Nimala abordava temáticas de intervenção pública, baseada na convivência e harmonia social dos membros da sua comunidade.

O sucesso e a aceitação dos seus trabalhos artísticos no panorama musical nacional e de Nampula, em particular, fizeram com que, em 1990, Carlos Renha gravasse o segundo volume com destaque para as músicas, Vizinho, Rosa, Amiravo, Amuali, Muemelenle, Okuelena omala, Muine Muine, Omualana e Hiyo Nnoroua.

Ao longo da sua carreira de cerca de 50 anos, Renha participou em diversos eventos nacionais, com muita regularidade nos festivais regionais – em Nampula, Cabo Delgado e Niassa – e nacionais da música tradicional.

 

Em 2006, ao artista Renha foi atribuído o Diploma de participação no II Festival Nacional de Canção e Música Tradicional, na fase provincial. De igual modo, em 2008, foi agraciado com o Diploma  de participação, aquando da realização da fase provincial do Festival Nacional da Cultura.

Em 2012, participou no VII Festival Nacional da Cultura realizado em Nampula. Na fase final do evento, Carlos Renha foi um dos 27  artistas da cultura moçambicana homenageados pelo Governo moçambicano, em reconhecimento do seu contributo na promoção e desenvolvimento das artes e cultura moçambicanas.

A morte do artista Carlos Renha representa uma perda irreparável para o Conjunto Nimala e para a cultura moçambicana, no geral, pois Renha era um dos percursores da preservação e valorização da música tradicional moçambicana.

Paz à sua alma!

 

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