Faleceu na tarde da segunda-feira, 22 de Abril, Alberto Mhula, um dos artistas mais representativos da Marrabenta e fundador do Conjunto Manjacaziano, no Hospital Geral José Macamo, em Maputo, onde se encontrava internado.
Nascido a 01 de Dezembro de 1934, no distrito de Manjacaze, localidade de Chaguala, Alberto Mhula fez a 3ª classe do sistema colonial na Escola da Imaculada Conceição de Mavengane. A par de outros companheiros da música, participou no processo da criação da União Moçambicana da Cultura Musical e Teatral, em 1950.
Foi fundador e líder do Conjunto Manjacaziano, a banda que toma esse nome em homenagem à sua terra natal, o distrito de Manjacaze, na província de Gaza. O seu pendor pela música, com destaque para sua afeição em relação à guitarra, começa e expor-se em 1943, mas só em 1950 gravou as suas primeiras músicas, nas Produções 1001, na Rádio Moçambique.
Durante a sua carreira, gravou vários temas musicais nas editoras Orion e J&B Recording, que já não existem ou não operam na gravação musical, incluindo a Vidisco Moçambique. Em 2010 foi laureado na categoria de Prémio Carreira pelo programa Ngoma Moçambique produzido pela Rádio Moçambique.
Alberto Mhula, o Manjacaziano, como também era chamado na arena musical, é o autor da célebre frase “a Marrabenta não pode morrer sem a gente estar”, popularizada no Festival Marrabenta.
O seu último concerto foi realizado em Fevereiro, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, no âmbito do Festival Marrabenta de que é um dos fundadores. Moçambique perde, em Alberto Mhula, um dos fundadores e precursores da música Marrabenta. Paz à sua alma!
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