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Fábrica encerra por falta de mão-de-obra

A recente descoberta de minérios com alto valor comercial no mercado, nomeadamente turmalinas e águas marinhas, num povoado do posto administrativo de Iuluti, distrito de Mogovolas, em Nampula, resultou no encerramento de uma fábrica de processamento de castanha de caju, naquela região interior da província.

O chefe do posto administrativo de Iuluti, Augusto Mahala, que revelou o facto, explicou que aquele episódio, de registo raro porquanto as oportunidades de emprego são escassas, no meio rural, foi motivado pelo abandono dos seus postos por parte dos 32 trabalhadores da fábrica de processamento de castanha de caju pertencente ao Grupo Condor, para se dedicar ao garimpo.

O salário mínimo pago aos trabalhadores da indústria do caju é de cerca de 1.600 meticais e, de acordo com Augusto Mahala, aquele montante corresponde ao custo de uma quantidade equivalente a Cinco gramas de turmalinas ou de águas marinhas, facto que adensa os apetites pelo lucro fácil.

O nosso entrevistado adiantou que a fábrica encerrada poderá voltar a laborar brevemente na medida que o governo provincial, através da direcção local dos recursos minerais e energia, decidiu concessionar a mina de turmalinas e águas marinhas a uma empresa do ramo, de capitais mistos, que aguardava a autorização para inicio da exploração depois que remeteu um pedido nesse sentido há cerca de cinco anos.

Acrescentou que a retirada das populações das áreas de exploração artesanal de minérios, em Marraca, não tem sido pacífica.

Cidadãos estrangeiros estimulam as comunidades locais a confrontar-se com agentes da lei e ordem que vigiam as minas para explorar os recursos minerais, com promessas de pagamento de somas avultadas.

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