A população residente nas imediações da fábrica de cigarros da Sociedade do Niassa Limitada (SONIL), no bairro de Napipine, na cidade de Nampula, está indignada devido à intoxicação causada pela fumaça que é expelida por aquela unidade fabril durante a sua actividade, sobretudo à noite.
Há mais 100 habitantes que se queixam de dores constantes em alguns partes do corpo alegadamente por causa do fumo que inalam. No período nocturno algumas crianças e adultos passam mal de tosse.
Neste contexto, eles exigem a suspensão das actividades da fábrica, pois, na sua opinião, foi um erro aceitar a sua instalação numa zona habitacional. “Não estamos contra a empresa, mas que se encontre um local apropriado para este tipo de trabalho e bem longe das residências porque coloca em causa a nossa saúde. Por causa desta situação tornamo-nos fumadores passivos”, disse um dos moradores.
Os lesados referem que marcaram várias audiências para ficar frente à frente com o edil Castro Namuaca, com a finalidade de debater a questão, mas até agora ainda não foram recebidos.
A instituição que responde pelas actividades comerciais na autarquia de Nampula reconheceu que a reclamação dos moradores é legítima e antiga. Entretanto, distanciou-se do assunto e remeteu-nos à Direcção Provincial do Comércio. Neste organismo ninguém se pronunciou.
Fomos informados de que a autorização para a construção daquela unidade fabril veio do Governo Central. Enquanto isso, a população ameaça desencadear acções que supostamente podem vir a forçar o governo local a tomar medidas concretas para resolver, definitivamente, as suas preocupações em relação à SONIL, empresa que se encontra no prolongamento da Avenida do Trabalho em Nampula.