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Exportação do camarão para EUA dependente do dispositivo DET

Continua vedada a exportação do camarão moçambicano para os Estados Unidos da América (EUA) enquanto não estiverem montados nas embarcações pesqueiras dispositivos de exclusão de tartarugas, denominados DET, em todas as redes de arrasto daquele produto estratégico nas exportações, segundo o ministro das Pescas, Victor Manuel Borges.

“Estamos muito preocupados com a situação, uma vez que o mercado europeu está a contrairse devido à crise financeira mundial, havendo necessidade imperiosa de recomeçarmos a exportar o nosso camarão para outros mercados, sendo de destacar o dos Estados Unidos da América”, frisou Borges, apontando que um aturado trabalho visando a instalação daqueles dispositivos está em curso “e tudo indica que dentro em breve vamos reiniciar a exportação do camarão para aquele país”, realçou, falando em entrevista ao Correio da manhã.

A contracção das exportações fez com que as receitas arrecadadas em 2009 reduzissem em cerca de 50%, para 50 milhões de dólares norteamericanos, “contra os cerca de 100 milhões de dólares que é o volume das exportações do camarão nos anos anteriores”, explicou aquele governante, reiterando a urgência da montagem dos referidos dispositivos em todas as embarcações moçambicanas para se reiniciar a exportação do marisco para os EUA.

União Europeia Quanto ao mercado europeu, o ministro das Pescas disse que Moçambique está a preparar-se para implementar as novas normas estabelecidas que defendem somente a entrada dos produtos certificados, através de um documento emitido pelo país de nacionalidade do barco. “Moçambique tem o controlo de todas as empresas, bem como das respectivas embarcações, para que o pescado nacional continue a constar da lista dos países mais privilegiados no mercado internacional”, frisou, precisando que o país está no bom caminho na certificação dos produtos pesqueiros, o que lhe faz prever que ainda em 2010 o novo regulamento da União Europeia irá ser implementado em Moçambique.

É neste quadro que estão em curso no país encontros de sensibilização de técnicos da Administração Pesqueira e industriais de processamento do pescado, sobretudo, os exportadores para a União Europeia, para certificação de todo o tipo de produto pesqueiro, tendo em vista prevenir, impedir e eliminar a pesca ilegal, não declarada e a que não tenha normas e medidas de execução das suas disposições.

“Nós explicamos a todos os armadores, exportadores e processadores do pescado que, se não seguirem o preceituado no regulamento da União Europeia, a consequência é que o país não só deixa de entrar naquele mercado, o que vai afectar de forma singular o exportador, como também todos os outros exportadores serão banidos”, enfatizou o ministro das Pescas ao terminar a sua dissertação sobre as novas normas estabelecidas pela Europa para aceitação do pescado exportado por vários países, incluindo Moçambique.

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