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Explosões no Iraque matam pelo menos 52 pessoas e ferem 250

Mais de 30 bombas atingiram cidades e vilas em todo o Iraque, esta Terça-feira, matando pelo menos 52 pessoas e ferindo cerca de 250, apesar de um forte esquema de segurança antes da cúpula da Liga Árabe, próxima semana, em Bagdad.

Trata-se do dia mais sangrento do Iraque em quase um mês, e o alcance das explosões coordenadas em mais de uma dúzia de cidades mostrou uma aparente determinação dos insurgentes de provar que o governo não pode manter o país seguro antes da cúpula.

O Iraque sediará o encontro pela primeira vez em 20 anos e o governo está ansioso para mostrar que pode manter a segurança depois da retirada das tropas norte-americanas em Dezembro.

“O objectivo dos ataques de hoje foi o de apresentar uma imagem negativa da situação da segurança no Iraque”, disse o porta-voz do governo Ali al-Dabbagh à Reuters.

“Os esforços de segurança serão aumentados para neutralizar os ataques de grupos terroristas e preencher as brechas usadas para infiltrar a segurança, seja em Bagdad com o noutras províncias.”

O incidente com maior número de vítimas, desta Terça-feira, ocorreu na cidade sagrada xiita muçulmana de Kerbala, ao sul, onde duas explosões mataram 13 pessoas e feriram 48 durante a hora do rush da manhã, de acordo com Jamal Mahdi, um porta-voz do Departamento de Saúde de Kerbala.

“A segunda explosão causou a maior destruição. Vi partes de corpos, dedos, mãos espalhadas na estrada”, contou o proprietário duma loja Murtadha Ali Kadhim, de 23 anos, à Reuters.

“As forças de segurança são estúpidas porque sempre reúnem-se no local duma explosão e depois uma segunda explosão ocorre. Eles tornam-se um alvo.”

As explosões também atingiram a capital, Baiji, Baquba, Daquq, Dibis, Dhuluiya, Kirkuk, Mossul, Samarra, Tuz Khurmato e Dujail, ao norte, Falluja e Ramadi, a oeste, e Hilla, Latifiya, Mahmudiya e Mussayab, ao sul.

A polícia desactivou bombas em Baquba, Falluja e Mosul. A maioria das explosões tinha como alvo os postos policiais e patrulhas.

“Esta última onda de ataques muito provavelmente foi coordenada por um grupo grande e bem organizado. Provavelmente é uma tentativa de mostrar às autoridades que as suas medidas de segurança são insignificantes”, disse John Drake, consultor sénior de risco do AKE Group, que estuda a segurança no Iraque para clientes corporativos.

As forças do Exército e da polícia são alvos frequentes no Iraque, onde atentados e tiroteios ainda ocorrem quase diariamente.

O braço da Al Qaeda no Iraque e os grupos insurgentes ligados aos sunitas muçulmanos dizem que, apesar da retirada das forças dos EUA, eles não vão baixar as armas e continuarão a lutar contra o governo liderado pelos xiitas.

Eles reivindicaram a responsabilidade por quase todos os grandes ataques até agora, este ano.

Os ataques da Terça-feira foram os maiores desde 23 de Fevereiro, quando dezenas de explosões em todo o país mataram pelo menos 60 pessoas.

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