Sete bombas explodiram em Bagdad, esta quarta-feira (20), matando 23 pessoas e ferindo dezenas, disseram as fontes médicas e a polícia, no meio da pior onda de violência que atingiu o Iraque em pelo menos cinco anos.
O governo xiita acusou insurgentes muçulmanos sunitas ligados à Al Qaeda pelo aumento dos ataques com bombas, que têm como alvo principalmente civis xiitas. As explosões no início desta quarta-feira ocorreram quando as pessoas faziam compras nos mercados lotados.
Os ataques que fizeram mais vítimas ocorreram num mercado no bairro de maioria xiita de Sadriya, matando quatro e ferindo 14 pessoas, e num microautocarro no distrito central comercial de Karrada, com três mortos e 12 feridos. A fumaça negra era vista no local da explosão numa rua principal em Karrada, onde as ambulâncias tentavam chegar até aos feridos, mostraram as imagens de vídeo.
O microautocarro foi mostrado com a sua porta principal arrancada e as janelas quebradas. Centenas de iraquianos têm sido mortos por mês em ataques semelhantes desde o início do ano. A crescente violência levantou temores de um retorno aos patamares de derramamento de sangue vistos em 2006-2007, quando dezenas de milhares de pessoas morreram.
Cerca de 1.000 iraquianos foram mortos em Outubro, de acordo com os dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que pediu colaboração de líderes políticos para acabar com a violência crescente desde que as tropas norte-americanas se retiraram em Dezembro de 2011.
Noutras partes do Iraque, esta quarta-feira, homens armados mataram um guarda-costas do presidente Jalal Talabani que estava de folga. Eles invadiram a casa do guarda-costas em Sulaimaniya, 260 quilómetros a nordeste de Bagdad. Talabani está na Alemanha para tratamento médico há vários meses.