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Exploração de tântalo de Marrupino arranca em 2010

A exploração das minas de tântalo de Marrupino, na província da Zambézia, centro de Moçambique, retoma em Março de 2010, anunciou o Ministério dos Recursos Minerais (MIREM). A mina de Marrupino foi concessionada à Highland African Mining, subsidiaria da empresa Noventa. A Noventa foi afectada pela crise financeira internacional e, como resultado, a Highland African Mining paralisou as operações de produção na província da Zambézia e reduziu a força de trabalho. O MIREM diz em comunicado de imprensa enviado a AIM que vem trabalhando com a Noventa com vista a estabelecer novas parcerias comerciais, o que permitiu resolver o problema financeiro.

“Foi substituída a comissão de gestão da empresa, e angariados capitais que vão permitir a retomada da operação de produção das minas de Marrupino até Março de 2010”, refere o comunicado. A Noventa tem direitos de exploração de outras minas na província da Zambézia, nomeadamente as de Mutala e Murrua, que, segundo o comunicado do MIREM, a actividade retoma “numa fase posterior”.

A operação de exploração da Noventa consiste na extracção e processamento de concentrado de tântalo, com uma capacidade instalada de produção de 441.000 libras de tântalo por ano para exportação, tendo já sido assegurados mercados internacionais para fornecimento do produto. O reinício da produção nas minas de tântalo de Marrupino assegura mais de 350 postos de trabalho para nacionais na sua fase de produção e, consequentemente, aumento de captação de receitas aos cofres do Estado.

A Noventa acredita que o futuro da produção do tântalo moçambicano é promissor. No seu relatório semestral publicado no fim de Junho último, a empresa diz acreditar que “a perspectiva em médio prazo para o metal é encorajador”. A direcção da Noventa acredita que a procura mundial de tântalo vai aumentar no próximo ano devido ao crescimento da produção de pequenos componentes electrónicos depois do período de recessão.

O tântalo é um metal raro altamente corrosivo e resistente, é condutor de calor e electricidade e é utilizado nos componentes eléctricos como resistores e capacitores de alta potência, que são encontrados em telefones celulares e placas-mãe do computador. A resistência do tântalo a ácidos, incluindo no corpo humano, o torna ideal para instrumentos cirúrgicos e implantes.

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