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Existe calcário para 200 anos

Pesquisas com vista a apurar o potencial de calcário, na costa do distrito de Nacala, província de Nampula, concluíram a existência de enormes quantidades daquele mineiro, cuja exploração, pode ser feita num período entre 150 e 200 anos.

Esta descoberta abre uma nova era para a industria de cimento de construção civil, que no país escasseia, nos últimos tempos, cuja matéria prima para a sua produção é o clinker que resulta da transformação do calcário. As pesquisas, que terminaram em finais do ano passado, foram encomendadas por entidades governamentais e desenvolvidas por um consorcio do ramo de minérios. Resultados adicionais concluíram que os vários jazigos do mineral, localizados em toda a costa de Nacala, encontram-se saturados e a transbordar, por falta de exploração, para os fins apropriados.

Mendes Tomo, director dos serviços de actividades económicas no distrito de Nacala, explicou que o estudo foi recomendado na vertente de identificar o potencial de calcário existente naquela região visando a instalação de mais fabricas de cimento de construção civil, em diferentes pontos do país, com condições para o efeito.

A região norte de Moçambique, que se abastece através de duas fabricas, localizadas na cidade portuária de Nacala, ressente-se da escassez de cimento o que tem inviabilizado os planos do governo no contexto de desenvolvimento das infra-estruturas sociais, cuja necessidade de expansão é premente. Tal situação resulta da aparente incapacidade financeira dos gestores para adquirir o clinker em quantidades julgadas suficientes para abastecer as suas fabricas.

O país desembolsa somas consideráveis em divisas para garantir a importação de clinker, que é a matéria prima para o cimento, nos mercados da Argentina, Estados Unidos da América e Indonésia, situação que poderá inverter-se com a instalação de capacidades para a extracção e transformação do calcário em Nacala, para abastecer as fabricas em funcionamento e as novas, marcando uma nova era para o sector.

Ainda em Nacala, está confirmada a existência de quantidades significativas de argila e fosfato de evati nos jazigos localizados nas praias da zona de Mahelene.

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